Um homem foi condenado pela morte do professor universitário Rafael Adriano de Oliveira, da faculdade Facisa BH, e pelo furto de objetos pessoais, nessa quinta-feira (5), em Contagem, na região metropolitana. O réu deverá cumprir a pena, inicialmente, em regime fechado.
Rodrigo Lopes dos Santos foi condenado a 14 anos, nove meses e 23 dias de reclusão pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e furto de objetos pertencentes à vítima. A sentença foi proferida pelo juiz Elexander Camargos. O condenado ainda deverá pagar 13 dias-multa, no valor de 1/30 do salário mínimo de cada dia, pelo crime cometido de furto.
O réu foi impedido pelo juiz de recorrer da sentença em liberdade, com o argumento que o homem é um perigo à sociedade, tendo cometido um crime de grande repercussão. O magistrado ainda salientou que o acusado esteve foragido durante um longo período e sua prisão cautelar é essencial para assegurar a aplicação da lei.
O juiz Elexander Camargos, antes da sentença final, analisou a culpabilidade do réu, os antecedentes, a conduta social, a personalidade, os atenuantes e os agravantes, entre outros. O juiz ainda reforça a má conduta do acusado, já que a vítima, era uma pessoa idônea e de bem, foi assassinada de forma covarde dentro de sua casa, no período noturno, em que se encontrava mais vulnerável.
Relembre o crime
O homem, de 27 anos, foi indiciado em novembro de 2015 por ter estrangulado o companheiro, o que provocou diversas lesões corporais que resultaram em sua morte. O crime ocorreu na madrugada do dia 3 de outubro de 2015. De acordo com o Ministério Público, ambos mantinham relações sexuais homoafetivas. Réu e vítima se desentenderam quando o professor descobriu que o parceiro era casado e tinha uma filha.
O crime, segundo a denúncia, empregou meio cruel, pois a vítima foi asfixiada, e utilizou recurso que dificultou a defesa da vítima, pois o acusado obrigou o professor a ingerir um medicamento que fez diminuir sua resistência, amordaçando-o e o amarrando na cama. Já o acusado alegou que apenas se defendeu de uma tentativa de agressão por parte do professor. Ele investiu contra Rafael quando este tentou sufocá-lo com um travesseiro.
O réu foi pronunciado em novembro de 2016. Ele está preso desde janeiro de 2018.
Com TJMG
