Um adolescente de 15 anos foi apreendido nesse domingo (29) após chamar a polícia para si mesmo, em Uberaba, no Triângulo Mineiro. Às autoridades, ele confessou ter assassinado a própria avó, 61, com quem morava no bairro Bairro Costa Telles I.
Segundo a Polícia Militar, o adolescente teria cometido o crime há três dias e convivido com o corpo da idosa durante esse período. A equipe precisou arrombar o portão ao chegar no local do crime, já que o autor não se encontrava na residência.
Por lá, os policiais encontraram o corpo da vítima em um dos quartos, em estado inicial de decomposição, com sinais de violência. A equipe então se deslocou ao endereço em o menor disse que estaria, próximo a uma linha férrea, onde ele disse que tiraria a própria vida.
‘Sou um monstro’
Aos policiais, o adolescente disse que faz acompanhamento psiquiátrico, mas que estava sem tomar os remédios por opção. Na ocasião, ele confessou ter matado a avó enforcada e disse que ouvia vozes.
Na residência onde ocorreu o crime, a perícia localizou um caderno do adolescente com os dizeres: “Minha ‘justificação’ é matar ela, mas matar é injustificável. Eu sou um monstro”.
Segundo a polícia, a vítima era PCD (Pessoa Com Deficiência) e fazia o uso de um triciclo pra se locomover. O corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal).
Já o rapaz foi apreendido e levado à delegacia com a mãe. Segundo a Polícia Civil, na ocasião, ele não voltou a confessar o crime. “Todos os levantamentos realizados são devidamente apurados pela Polícia Civil para identificar a autoria e as circunstâncias”, disse a corporação, em nota (leia na íntegra abaixo).
Nota da Polícia Civil na íntegra
A Polícia Civil instaurou Inquérito Policial e está com investigação em andamento apurando os fatos. O adolescente foi ouvido na delegacia de plantão e encaminhado ao Ministério Público para adoção das providências legais cabíveis e ele segue sendo investigado. Na delegacia, ele não confessou o crime, mas todos os levantamentos realizados são devidamente apurados pela Polícia Civil para identificar a autoria e as circunstâncias do crime.
