Alberto Pinto Coelho, ex-governador de Minas, morre aos 78 anos

Alberto Pinto Coelho, ex-governador de Minas Gerais
aAlberto Pinto Coelho, ex-governador de Minas Gerais

Alberto Pinto Coelho, ex-governador de Minas Gerais, morreu nesta segunda-feira (20), aos 78 anos, vítima de leucemia. Ele tratava a doença há três anos e faleceu por volta das seis horas, em Belo Horizonte.

Conforme sua assessoria, o ex-governador, formado em Administração de empresas, tem 30 anos de experiência em gestão de empresa estatal.

Ocupou cargos de gerência superior e de diretoria nas áreas de gestão administrativa, comercial, planejamento operacional e de marketing. Foi ainda representante do Ministério das Comunicações em Minas Gerais e comandou o Dentel-MG.

Alberto Pinto Coelho exerceu quatro mandatos parlamentares, sendo votado em 750 dos 853 municípios mineiros. Em 2009, Alberto Pinto Coelho foi reeleito presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, com 74 dos 77 votos. Ele assumiu também a presidência do Colegiado de Presidentes das Assembleias Legislativas do Brasil.

Em 16 anos de Parlamento, Alberto Pinto Coelho foi ainda presidente de Comissões; líder de bancada ; líder de Governo. São de sua autoria os Projetos de Lei Pró-Confins e o que trata da Política Estadual de Resíduos Sólidos.

Em outubro de 2010, Alberto Pinto Coelho foi eleito vice-governador na chapa encabeçada pelo governador Antonio Anastasia.

Em abril de 2014, Alberto Pinto Coelho assumiu o Governo do Estado de Minas Gerais. Entre os projetos de destaque de sua gestão estão o Aeroporto de Goianá, Minas Comunica II, programa que leva telefonia e transmissão de dados para os municípios Mineiros.

Confira a biografia do político encaminhada pela sua assessoria de imprensa.

Alberto Pinto Coelho nasceu no dia três de outubro de 1945, no município de Rio Verde (GO), e aos três anos de idade retornou com sua família para Belo Horizonte, Minas Gerais. É filho do professor e advogado militante Dr. Alberto Pinto Coelho, mineiro de Manhuaçu, e de dona Abigail, professora primária, também mineira, de São Domingos do Prata. Seu pai presidiu a Assembleia Legislativa de Goiás entre 1947 e 1948 e, de herança, legou para o filho a ponderação, a habilidade para a articulação política, a capacidade de trabalho, o amor pelos livros e o espírito público.

Graduado em Administração de Empresas, Alberto Pinto Coelho acumulou mais de 30 anos de experiência no setor de telecomunicações, sendo 27 deles como gestor de empresa pública. Ocupou cargos de alta gerência e de diretoria nas áreas de gestão administrativa, comercial, planejamento operacional e marketing. Comandou o Departamento Nacional de Telecomunicações (Dentel) entre 1986 e 1990.

Seus primeiros passos na política foram orientados pelo embaixador e eminente mineiro José Aparecido de Oliveira, com quem dividiu o gosto pelo diálogo e pela construção de consensos. Foi a conjunção dessas qualidades, atreladas à experiência em gestão pública, que o conduziram ao mesmo cargo em Minas Gerais que o pai alcançou em Goiás: a Presidência da Assembleia Legislativa, conquistada em 2007, cuja reeleição, em 2009, contou com o apoio de 74 dos 77 deputados estaduais. 

Graças à sua liderança no parlamento mineiro, entre 2007 e 2009 Alberto Pinto Coelho presidiu o Colegiado de Presidentes das Assembleias Legislativas do país.

Atuação no Legislativo

Em 1994, Alberto Pinto Coelho elegeu-se deputado estadual pelo Partido Progressista (PP) e cumpriu quatro mandatos consecutivos, sendo votado em 750 dos 853 municípios mineiros. Durante 16 anos de atividades no parlamento, ele foi ainda presidente da Comissões, líder de Governos e autor de diversos projetos inovadores para o Estado.

Entre as proposições de sua autoria, estão o Projeto de Lei que trata da Política Estadual de Resíduos Sólidos e o Projeto de Lei Pró-Confins, que abriu caminho para a criação do primeiro aeroporto industrial do país, inaugurado em março deste ano. Foi também relator do substitutivo que alterou o artigo 212 da Constituição do Estado, destinando no mínimo 1% da receita orçamentária corrente para projetos de Ciência e Tecnologia.

Para Alberto Pinto Coelho, o Parlamento é a instituição que encarna os mais legítimos valores democráticos, que abriga o contraditório e o exercício da engenharia política – aquela que, costuma dizer, faz a ponte entre margens opostas. Corroborando com esse pensamento, no comando do legislativo mineiro ele priorizou três eixos de ação: a valorização de temas relativos aos avanços sociais da população, o desenvolvimento das vocações e potencialidades do Estado e a construção de um novo pacto federativo, com vistas a dar mais autonomia para estados e municípios. Nesse contexto, em suas gestões foram adotadas iniciativas para aumentar a participação popular e o diálogo com a sociedade em todas as regiões mineiras.

O aprimoramento do projeto do Plano Decenal de Educação é um bom exemplo de ampliação da participação cidadã. Outro avanço nessa área foi a criação de mecanismos para que todo o planejamento de investimentos do Estado, o chamado PPAG, fosse revisto e analisado pela sociedade, inclusive com a realização pela Assembleia Legislativa de audiências públicas em cidades das diversas regiões do Estado. Esse esforço buscou ainda facilitar e estimular a participação dos jovens, por meio do Expresso Cidadania, projeto premiado nacionalmente, que incentiva a mobilização política e o voto consciente.

Na mesma linha, de afirmação da transparência pública, sob a gestão de Alberto Pinto Coelho o parlamento mineiro saiu na frente quanto à divulgação das chamadas verbas indenizatórias e aprimorou o modelo então existente, exigindo que os fornecedores dos serviços aos deputados passassem a ser certificados pela Auditoria Geral do Estado. Outros importantes legados deste período foram o planejamento estratégico implantado na Assembleia Legislativa, a realização de um dos maiores concursos públicos da história do legislativo estadual e a concessão do canal aberto da TV Assembleia, como mais um instrumento de estímulo à transparência do parlamento mineiro.

Atuação no Executivo

Em outubro de 2010, Alberto Pinto Coelho foi eleito vice-governador na chapa encabeçada por Antonio Anastasia. Entre suas atribuições como vice-governador, por delegação expressa do então governador, presidiu oito comitês temáticos, com destaque  para o Comitê Gestor das Copas das Confederações e do Mundo, o Comitê de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável e o Comitê de Políticas para a Juventude. Presidiu também a Comissão Especial do Projeto Jaíba I e II e coordenou os Fóruns do Café, do Leite e da Cachaça Artesanal.

 Alberto Pinto Coelho foi responsável ainda por diversas agendas administrativas, institucionais, de governança e de representação externa do Estado. Ao lado do então governador Antonio Anastasia,  coordenou o Conselho Político do Governo de Minas Gerais.

Durante seus quatro anos no Governo, Alberto esteve à frente de importantes programas e projetos, como Água da Gente, maior programa de saneamento da história de Minas Gerais;  o  Rodoanel Norte, obra de fundamenal importância para o desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte;  o Minas Comunica II, que tem como objetivo levar telefonia a todos os distritos de Minas Gerais.

Alberto Pinto Coelho é casado com a pedagoga Célia Pinto Coelho. Tem quatro filhos Alberto,  Alexandre, Daniel e Paula. O governador tem também cinco netos.


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Lucas Negrisoli[email protected]

Lucas Negrisoli é jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), trabalha desde 2015 com comunicação. Tem passagem por veículos como Estado de Minas, Rádio UFMG Educativa e O TEMPO em coberturas de economia, tecnologia, política e cidades. É editor do BHAZ desde outubro de 2023.

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