Alexandre Kalil (PSD), ex-prefeito de Belo Horizonte, confirmou a já especulada aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Minas. O ex-chefe do Executivo municipal concorrerá ao governo de Minas Gerais e terá o apoio do presidenciável petista no estado.
Em reunião que durou a tarde toda, o deputado estadual Agostinho Patrus (PSD) desistiu da posição de vice na chapa, para a entrada de um nome do PT, abrindo espaço para o acordo ser selado. Após a confirmação, Kalil publicou um vídeo de divulgação da campanha, o primeiro que associa o ex-prefeito ao ex-presidente.
No vídeo, os pré-candidatos aparecem de forma descontraída, no meio do povo, mostrando cenas dos dois pelo estado. “A esperança que surgiu (Lula e Kalil), Minas Gerais já aplaudiu (Lula e Kalil), o sorriso dos mineiros se abriu (Lula e Kalil)”, diz trecho do jingle que acompanha o vídeo. Assista:
Sonho antigo
O desejo da aliança já era algo almejado pelos dois lados. Na semana passada, Alexandre Kalil afirmou querer uma “aliança formal” com o ex-presidente Lula. A declaração do pré-candidato ao governo do estado foi feita no último dia 11 durante sabatina UOL/Folha.
Kalil ainda disse que “quem entende de Bolsonaro [PL] é Romeu Zema”, atual governador de Minas pelo Novo. “Que se pronunciou a favor da cloroquina, que acha que cesta básica é crime, que tem que morrer de fome mesmo”, completou o ex-prefeito.
Durante a sabatina, o pré-candidato disse ter uma “visão humana, como o presidente Lula”, chamado por ele de “grande líder”. Apesar de elogiar Ciro Gomes (PDT), Alexandre Kalil declarou voto ao petista nas eleições para a presidência da República.
Lula elogia Kalil
No início de março, Lula concedeu uma entrevista à Itatiaia. Na época, o político disse que a conversa só poderia acontecer após o ex-prefeito deixar o cargo para disputar o governo de Minas Gerais. O que aconteceu cerca de duas semanas depois, quando Kalil renunciou à prefeitura de Belo Horizonte.
O ex-presidente elogiou Kalil e disse que a possível aliança seria boa para ambas as partes. “Seria presunção de minha parte dizer que o Kalil só ganha com apoio do PT. Uma política de alianças é uma via de duas mãos. Se nos juntarmos ao Kalil, vamos ajudar o Kalil, mas certamente o Kalil vai nos ajudar. Senão, não precisávamos estar juntos”.