Dengue: Autoridades de saúde alertam sobre riscos do uso de ‘capsula milagrosa’; entenda

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A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais foi notificada sobre o uso de uma “cápsula milagrosa” para alívio dos sintomas da dengue (Raul Santana/Fiocruz)

Minas Gerais está enfrentando o segundo ano epidêmico consecutivo para dengue e chikungunya e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) foi notificada sobre o uso de uma “cápsula milagrosa” para alívio dos sintomas por parte da população na região do Vale do Aço.

É que, diante da alta incidência da doença, muitos pacientes acabam recorrendo a “atalhos” para o tratamento. As autoridades de saúde de Minas Gerais alertam para o risco do uso de substâncias e remédios não autorizados ou sem comprovação científica para o tratamento da dengue.

Essas substâncias, segundo especialistas, podem provocar danos à saúde, piorar o estado de pessoas doentes, além de gerar a possibilidade de interações medicamentosas.

Além de ineficientes, medicamentos e substâncias ingeridos sem supervisão médica podem ter sido produzidos sem as condições de higiene adequadas, sem qualquer fiscalização farmacológica e ter contaminantes capazes de piorar o quadro de quem fez uso.

Qual o tratamento para dengue?

Até o momento, Minas Gerais já registrou 62.872 casos de dengue. Segundo a SES-MG, 18 óbitos foram confirmados e outros 100 estão em investigação. Os dados são do boletim epidemiológico divulgado nessa quinta-feira (15).

Diante de quadros preocupantes de falsos remédios, a coordenadora de Vigilância e Saúde da SRS de Coronel Fabriciano, Micheline Araújo, reforça o alerta contra a automedicação.

“O médico sabe exatamente qual remédio recomendar, e sabe se o paciente tem eventualmente alguma alergia a alguma substância, se ele toma algum medicamento para outro fim que possa ter interação com outros medicamentos, por exemplo”, explica Micheline.

Dengue e chikungunya são viroses que não têm tratamento específico. O tratamento é repouso, boa alimentação e hidratação. Os medicamentos são apenas para os sintomas da doença, como febre e dor no corpo, que são os analgésicos comuns, como dipirona e paracetamol.

No caso da chikungunya, não se deve tomar nenhum outro medicamento além desses nos primeiros 15 dias de sintoma, pois remédios como anti-inflamatórios e corticóides podem agravar a situação.

É importante lembrar que os medicamentos só devem ser comprados nos estabelecimentos autorizados para isso, como as drogarias e farmácias. São locais fiscalizados, que têm responsável técnico, além da garantia da origem dos medicamentos. Remédios comprados fora desses locais não têm uma garantia da origem, nem de como foram produzidos.

Com Agência Minas

Edição: Lucas Negrisoli
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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