Cachorrinha é morta com marretadas na cabeça após homem pedir para ‘dar um jeito’ nela no Sul de Minas

cadela morta
Animal estava com a cabeça afundada quando foi encontrado (Reprodução/@noticiandovarginhareal/Facebook)

Uma cadela foi morta com golpes de marretadas em São Sebastião da Bela Vista, no Sul de Minas, na última terça-feira (12). O caso gerou revolta e foi denunciado pela Sociedade Protetora de animais da cidade. O suspeito do crime tem 32 anos e acabou fugindo. A Polícia Civil informou que investiga o caso.

De acordo com a Polícia Militar, o sogro do suspeito tem uma criação de animais e percebeu que um pato estava morto e alguns leitões machucados. O homem, de 53, suspeitou que a cadela teria sido a responsável pelo ocorrido e pediu para o genro “resolver a situação” dela.

Após receber a denúncia de maus-tratos que resultou em morte da cadela, a PM foi até a casa localizada no bairro rural Paraíso dos Pescadores. A cadela, de fato, estava sem vida e com a cabeça afundada. A marreta utilizada no crime foi encontrada nos fundos do imóvel.

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Marreta utilizada para matar a cadela (Reprodução/@noticiandovarginhareal/Facebook)

O sogro do suspeito alegou que saiu de casa antes da cadela ser morta. Por conta disso, não sabia dizer o que havia acontecido. Ele foi conduzido para prestar depoimento na delegacia. O homem que matou o animal fugiu e não foi localizado até o encerramento da ocorrência.

Ao BHAZ, a Polícia Civil informou, por meio de nota (leia abaixo na íntegra), que o homem de 53 anos “foi encaminhado à delegacia de Polícia Civil de Plantão de Pouso Alegre, sendo ouvido e liberado por não haver elementos suficientes para a ratificação da prisão em flagrante”. Já o suspeito, de 32, não foi localizado até o momento.

Lei Sansão

Em setembro de 2020, uma alteração na Lei 9.605/1998 fez com que a prática de abuso, maus-tratos, ferimentos e mutilações a animais domésticos, especificamente cães e gatos, passasse a ter pena de reclusão de 2 a 5 anos, com aumento de pena nos casos de morte do animal.

A norma ficou conhecida por Lei Sansão, em homenagem ao cão pitbull que, cruelmente, teve as patas traseiras decepadas, em julho do mesmo ano, na cidade de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte.

“A partir de hoje, quem cometer [crime] contra cão e gato vai ter o que merece: prisão. Este ato de hoje é em defesa dos animais, mas também é em defesa do ser humano, é em defesa da vida, porque aqueles que cometem crime contra os animais, estatisticamente, têm enorme propensão a cometer contra o ser humano”, afirmou o deputado federal Fred Costa (Patriota-MG), autor do projeto de lei, à época.

Nota da Polícia Civil

“A Polícia Civil de Minas Gerais informa que um homem, de 53 anos, foi encaminhado à delegacia de Polícia Civil de Plantão de Pouso Alegre, sendo ouvido e liberado por não haver elementos suficientes para a ratificação da prisão em flagrante. Já o suspeito, de 32 anos, ainda não foi localizado. A investigação tramita na Delegacia de Polícia Civil em Santa Rita do Sapucaí e outras informações serão prestadas em momento oportuno”.

Edição: Vitor Fernandes
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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