Membros da comunidade da UFMG podem fazer testes de Covid-19 gratuitos no campus

Testes de Covid-19 na UFMG
Beneficiários do serviço devem apresentar documento que comprove vínculo com a universidade (Alexandre Cardoso/UFMG)

A UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) anunciou que membros da comunidade da instituição podem fazer testes de Covid-19 gratuitos no campus Pampulha. A testagem é feita com o método experimental estudado pela universidade, por meio da saliva, e com a confirmação do diagnóstico pelo RT-PCR.

A coleta do material é feita das 8h às 12h, no pilotis do ICB (Instituto de Ciências Biológicas), e não é necessário agendamento. De acordo com a UFMG, os testes de Covid-19 podem ser realizados mesmo que a pessoa esteja assintomática e não tenha tido contato com pessoas infectadas.

Os testes gratuitos valem para servidores docentes e técnico-administrativos, estudantes e funcionários terceirizados, que devem apresentar documento que comprove vínculo com a universidade. Outras informações podem ser solicitadas pelo e-mail [email protected].

Teste pela saliva

A UFMG testa o diagnóstico da Covid-19 por meio da saliva em estudo conduzido pelo grupo de pesquisa liderado pelo professor Vasco Azevedo, do Departamento de Genética, Ecologia e Evolução do ICB. Segundo a instituição, o método está em estágio de validação de acurácia.

A testagem utiliza a espectrometria, em que a amostra é lida por um aparelho de luz infravermelha. A validação dos resultados do teste de saliva é feita por laboratórios associados, utilizando o método RT-PCR. O teste, o mais tradicional para detectar a Covid-19, usa amostras colhidas no nariz e na garganta com um swab e os resultados são comparados para confirmação do diagnóstico.

Expectativa

Se confirmado que o teste feito a partir da saliva tem eficácia equivalente ao RT-PCR, o próximo passo será submeter para aprovação pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. Caso o método seja aprovado, os pesquisadores envolvidos entendem que a capacidade de testagem brasileira será ampliada significativamente.

Ainda segundo a UFMG, a coleta de saliva é mais fácil que a do material de nariz e garganta, e o resultado sai quase imediatamente. Além disso, o exame não precisa ser feito em um laboratório de análises clínicas, já que qualquer hospital que tenha o aparelho de luz infravermelha pode analisar o material.

De acordo com Vasco Azevedo, fazer o rastreio na comunidade da UFMG poderá impedir a proliferação do vírus e a garantir um retorno mais rápido às atividades presenciais na universidade.

Edição: Giovanna Fávero
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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