Covid-19: Minas tem alta na aplicação diária de vacinas e espera mais doses

Secretário de Saúde de Minas (1)
Fila de pessoas esperando por um leito de UTI também diminuiu (Fábio Marchetto/SES-MG)

A média móvel de aplicação diária de vacinas contra a Covid-19 em Minas Gerais alcançou sua maior marca desde o início da vacinação, conforme anunciado pelo secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, nesta terça-feira (22). Ainda segundo o responsável pela pasta, a fila de pacientes aguardando por leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no estado também caiu em relação à semana passada.

De acordo com a SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais), ontem (21), a média móvel chegou a 212.919 doses aplicadas diariamente. Isso representa um aumento de 58% em relação à taxa registrada há 14 dias, que marcava 134.558 doses aplicadas diariamente.

“Isso mostra uma aceleração da maior operação de vacinação em Minas Gerais, resultado da agilidade da distribuição dos imunizantes”, afirmou o secretário. Já os pacientes que esperam um leito de UTI são, atualmente, 134 pessoas, enquanto, na última semana, este número chegava a 769.

Mais doses

Fábio Baccheretti ainda esclareceu que o estado prevê o recebimento de doses das vacinas para alguns grupos prioritários: forças de segurança, comorbidades, gestantes e puérperas. Em relação à imunização das forças de segurança, ainda falta quase metade das doses previstas, mas o secretário esclarece que alguns municípios já conseguiram vacinar quase todos os profissionais da categoria com o que já foi distribuído pelo estado.

Sobre a chegada de doses da vacina da Janssen ao Brasil, Baccheretti disse que a previsão é de que, até amanhã (23), essas doses já sejam encaminhadas aos estados. “O Ministério da Saúde também recebeu um milhão de doses do Butantan, que devem vir [para Minas] nesta semana. A expectativa do governo federal é de receber 3 milhões da AstraZeneca e, no fim de semana, mais de 2 milhões da Pfizer. Cerca de 10% delas vêm a Minas Gerais”, detalha.

Vacinação em BH

O secretário de Estado de Saúde de Minas também falou sobre a diferença nos avanços da vacinação em diferentes municípios do estado. Na última semana, a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) acusou o Governo de Minas de enviar menos doses da vacina contra Covid-19 para a capital mineira por motivo político. Já Baccheretti afirmou que os critérios usados para a distribuição são técnicos.

“As vacinas vêm ‘carimbadas’ por grupos prioritários pelo Ministério da Saúde. Cabe ao Governo de Minas fazer a distribuição conforme o banco de dados do próprio Ministério ou de acordo com os dados que foram preenchidos pelo próprio município. Existem cidades que conseguem avançar mais porque vencem grupos ou optam por vacinar por idade antes de grupos prioritários”, começou.

Baccheretti ainda disse que BH não recebe mais vacinas para a imunização de pessoas com comorbidades porque a 18ª remessa foi toda direcionada para a capital, atingindo 100% desse grupo específico. Parte da 19ª (AstraZeneca) foi direcionada para a capital. Já nas 23ª e 24ª, BH não recebeu apenas a parte de comorbidades, isso porque a capital já atingiu 100% do grupo específico. Com isso, não é correto afirmar que Belo Horizonte não está recebendo vacinas. A capital não recebe mais para o grupo de comorbidades, mas continua recebendo para os demais grupos”, detalhou.

Com Agência Minas

Edição: Giovanna Fávero
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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