Covid-19: Quem escolher vacina em cidade mineira vai para o fim da fila

Vacina contra Covid-19
Decisão para combater ‘seletividade’ em relação aos imunizantes segue o exemplo do prefeito de São Bernardo do Campo (Arquivo/Gilberto Marques/Governo do Estado de São Paulo)

Seguindo o exemplo de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, o município de Itajubá, no Sul de Minas, vai mandar para o fim da fila o cidadão que recusar tomar a vacina contra Covid-19 disponível por causa da marca do imunizante. A determinação do prefeito Christian Gonçalves (Democratas) foi oficializada nesta quinta-feira (8), por meio de decreto publicado no Diário Oficial do Município.

De acordo com a decisão, se a pessoa comparecer ao posto de saúde para se vacinar e desistir ou se recusar a receber a dose, ela estará “assumindo a condição de remanescente e a perda do direito à ordem cronológica de vacinação”. Duas testemunhas deverão assinar termo para comprovar a recusa.

Desta forma, ela só será imunizada “depois de concluída a vacinação de todo o público adulto da vacina de Covid-19 (maiores de 18 anos, sem comorbidades)”.

“Por ocasião da vacinação do público remanescente, se ainda assim persistir a desistência ou recusa em razão da marca do imunizante, o Município se reservará o direito de comunicar às autoridades sanitárias para as medidas legais pertinentes”, completa o decreto.

Exemplo paulista

A cidade mineira segue o exemplo do prefeito de São Bernardo do Campo, em São Paulo. Orlando Morando (PSDB) anunciou no final de junho que quem se recusar a tomar a vacina contra a Covid-19 disponível no posto onde se cadastrou será colocado automaticamente no final da fila da vacinação.

Segundo ele, a pessoa deverá assinar um termo de responsabilidade que a coloca no fim da campanha. Caso ela se recuse a assinar, duas testemunhas que estão trabalhando no posto assinarão o termo pela pessoa.

“Não dá para escolher vacina. Você fez o agendamento, chegou, você tome a vacina que esta lá, como eu. Eu agendei, no dia que eu fui agendado era Coronovac e tomei Coronavac”, disse o prefeito durante a transmissão de uma live.

Também seguindo o exemplo, a capital do Piauí, Teresina, anunciou hoje que “a pessoa que for se vacinar contra a Covid-19 e se recusar a tomar em função da marca, origem ou fabricante do imunizante” deverá assinar um termo de desistência e irá para o fim da fila.

BH não vai aderir

Já em Belo Horizonte, a iniciativa não vai ser adotada. O secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, fez um apelo para que a população da capital mineira não tente escolher a vacina contra a Covid-19 a ser tomada, mas disse que BH não vai seguir o exemplo da cidade paulista.

“Não queremos fazer em BH o que foi feito em São Bernardo do Campo da pessoa ir para o último lugar da fila e voltar somente quando a última pessoa de 18 anos se vacinar. Vacina no braço, todas são eficazes. Temos visto queda de casos e internações, já é o reflexo da vacinação”, declarou o secretário em entrevista coletiva na última quinta-feira (1º).

Edição: Giovanna Fávero
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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