Região de Diamantina será reconhecida como produtora do Queijo Minas Artesanal

queijo minas
Trabalhador agredido com queijo será indenizado por empresa de laticínios

A região de Diamantina vai passar a integrar o rol de produtores de Queijo Minas Artesanal, segundo a Seapa (Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais). O trabalho de levantamento histórico e produtivo regional foi realizado pela Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais).

O processo, já em tramitação na Seapa, segue para avaliação final e publicação pelo IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária). Com a publicação, Diamantina entrará em uma seleta lista de oitos regiões mineiras já caracterizadas como produtoras do queijo, sendo elas Araxá, Campos das Vertentes, Canastra, Cerrado, Serra do Salitre, Serro, Triângulo Mineiro e Serras da Ibitipoca.

O estado também tem cinco regiões produtoras de outros tipos de queijos artesanais: Vale do Jequitinhonha, Vale do Suaçuí, Alagoa, Serra Geral – no Norte de Minas – e Mantiqueira de Minas. Do total de 30 mil produtores em Minas, a Emater-MG estima que 9 mil deles estejam nas regiões caracterizadas.

Fonte de emprego, renda e oportunidade

Além de orgulho para a população do estado, a produção mineira de queijos é fonte de emprego, renda e oportunidades no campo. Minas Gerais tem a maior bacia leiteira do país, com produção, em 2020, de 9,7 bilhões de litros, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O volume corresponde a 27% do total nacional, com 34,5 bilhões de litros, e registrou um crescimento de 2,6% com relação a 2019. Para se ter uma ideia de como a produtividade mineira é significativa, a quantidade de leite produzido em Minas é superior à destinada à fabricação de queijos em todo o país, de 8,7 bilhões de litros.

Além de 30 mil produtores rurais mineiros, elaborando 85 mil toneladas de queijos artesanais por ano, conforme estimado pela Emater-MG, os produtos lácteos industriais são de grande relevância econômica. O Silemg (Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado de Minas Gerais) contabiliza 156 associados em todas as regiões de Minas. De acordo com o levantamento da entidade, essas indústrias processam 85% do leite inspecionado no estado.

As estimativas do Silemg apontam ainda 216 mil fazendas produtoras de leite em Minas e um milhão de empregos gerados por toda a cadeia leiteira. Do volume de 1,2 milhão de toneladas de queijo produzidas no Brasil, em 2020, cerca de 40% do total tem Minas Gerais como origem. As exportações brasileiras do produto, no mesmo ano, alcançaram a receita de 76 milhões de dólares.

A secretária de Agricultura, Ana Valentini, destaca as perspectivas de um cenário ainda mais promissor para o setor a curto e médio prazos. “Temos programas de melhoramento genético de rebanhos, de recuperação de pastagens e de valorização dos queijos artesanais. Também é importante lembrar as pesquisas na área de laticínios com o nosso Instituto Cândido Tostes, vinculado à Epamig. Com isso, a expectativa é de que a produção de leite e derivados cresça muito no estado durante os próximos anos”, explica.

Com Seapa

Edição: Giovanna Fávero

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