A diretoria do Cellos-MG (Centro de Luta Pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais) foi alvo de uma ameaça na última semana. Em mensagem enviada por email, uma pessoa que se diz engenheiro de software diz que vai promover um ataque na sede da entidade.
“Fiquem de olhos bem abertos, eu já tenho tudo o que preciso para partir de carro para BH com a minha espingarda calibre 12 e dar um tiro certeiro na cabeça de cada um de vocês, aberrações”, diz a mensagem.
Em nota, o diretor do Cellos, Maicon Chaves, informou que foram realizados os procedimentos institucionais e criminais necessários para garantir a segurança do local. A diretoria registrou uma ocorrência policial para identificar e localizar o autor das ameaças e ataques homofóbicos.
“Entendemos que as ameaças chegam graças à extensão do nosso trabalho e a importância da militância cellista; desta instituição que há mais de 21 anos vem nas trincheiras da luta contra a LGBTQIA+fobia e articulando esforços por direitos e pela liberdade democrática”, disse.
Parlamentares ameaçadas de ‘estupro coletivo’
Na última semana, ao menos quatro parlamentares mineiras foram ameaçadas de “estupro coletivo” nas redes sociais. Uma delas é a deputada estadual Lohanna França (PV), que esteve na delegacia para denunciar as mensagens.
A também deputada Bella Gonçalves e as vereadoras Cida Falabella e Iza Lourença, todas do PSOL, também foram alvo dos criminosos. No caso da deputada Lohanna, além da ameaça de abuso sexual, o agressor disse que daria um “tiro na cabeça” dela.
“A gente sabe que é uma tentativa de calar as nossas vozes, porque o nosso trabalho está aqui para colocar as mulheres no espaço de poder, as minorias nos espaços de poder e fazer discussões tão importantes para Minas Gerais, as cidades e todo o Brasil”, afirmou a parlamentar.
Os crimes são investigados na Delegacia Especializada em Investigação de Crimes Cibernéticos e também na Polícia Legislativa.
