Em meio a mais uma onda de calor em pleno inverno, o consumo de energia tem sido elevado, principalmente para refrescar o ambiente. Belo Horizonte registrou 34,6ºC nessa quarta-feira, a maior temperatura do ano.
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E a previsão indica que novas ondas de calor devem atingir o Brasil nas próximas semanas. A previsão é que só volte a chover em BH por volta do dia 20 de setembro.
Para amenizar o impacto do consumo e aliviar também o bolso do consumidor, o BHAZ consultou a Cemig para indicar o que pode ser feito.
Um dos vilões da conta é o aparelho de ar condicionado. Segundo o engenheiro de Eficiência Energética da Cemig, Thiago Batista, é preciso ficar atento ao tempo de uso do eletrodoméstico, e, para quem pensar em comprar um, a dica é comparar os dados indicados pela etiqueta do Inmetro e escolher os categorizados como “A” por serem os mais eficientes.
“Para as residências, existem dois modelos: o do tipo janela (menos eficiente) e o Split, que é mais eficiente. Na aquisição de qualquer um deles deve-se dar preferência para aqueles cuja etiqueta indique o consumo anual provável e multiplicar pela tarifa de energia encontrada na conta de luz. Dessa forma, o consumidor terá uma boa ideia do quanto cada equipamento ‘gastará’ no ano, pois esse consumo foi padronizado para uma utilização típica no país”, afirma o engenheiro.
Thiago destaca uma vantagem dos modelos split: segundo ele, este tipo de aparelho tem opções com tecnologia ‘inverter’, que é ainda mais eficiente, pois trabalha na medida certa para manter a temperatura ajustada.
Outras dicas de economia são: é manter o ambiente fechado, colocar cortinas ou persianas para evitar a incidência de luz solar e manter a temperatura em 23 ou 24ºC, considerado patamar de conforto.
Agora, para evitar alta na conta de luz, o uso de ventilador pode ser uma boa alternativa, uma vez que a potência do aparelho é bem mais baixa.
O consumo de energia depende de duas variáveis: potência dos equipamentos em watts (W) e tempo de utilização (em horas). Para utilizar corretamente a energia, deve-se atuar nessas duas variáveis. Por isso, mesmo que o ventilador tenha uma potência menor, se o aparelho ficar por longo período ligado, o cliente poderá ter um aumento significativo na conta de energia.
“Como este equipamento também possui a etiqueta com o consumo de energia, bastará multiplicar o consumo indicado nela pela quantidade de horas de utilização diária – neste caso, o cliente encontrará o valor em reais para aquele dia de utilização”, explica o engenheiro.
Diferente do ar condicionado, ao usar o ventilador, a pessoa deve deixar a casa o mais ventilada possível, abrindo portas e janelas para que o ar circule e refresque o ambiente.
Estudos indicam que a geladeira é o segundo equipamento que mais consome energia em uma residência, principalmente, pelo seu tempo de uso e por causa do “abre e fecha”. Além disso, alimentos ainda quentes não devem ser armazenados no eletrodoméstico, pois faz o motor do refrigerador funcionar por mais tempo, consequentemente, aumentando o consumo de energia.
Uma orientação simples indicada pelo especialista é que os clientes verifiquem o estado da borracha de vedação de refrigeradores e ajustem o termostato desses equipamentos, considerando que a temperatura do ambiente está mais alta. Se as portas não estiverem fechando corretamente, a geladeira (ou o freezer) gastará mais energia para resfriar os alimentos.
“Para saber se a borracha de vedação está em bom estado, faça o seguinte teste: coloque uma folha de papel entre a porta e a geladeira, feche a porta e tente retirar a folha, se ela sair com facilidade, está na hora de trocar a borracha. Repita o teste em vários pontos da porta da geladeira”, completa Thiago.
Mas, se o consumo de energia tende a subir com equipamentos de refrigeração do ambiente, as altas temperaturas trazem uma grande oportunidade de economia. O chuveiro elétrico, que é o equipamento que mais consome energia nas residências, pode ter a potência reduzida drasticamente nesta época do ano.
“Ao colocar a chave do chuveiro na posição verão, as pessoas podem ter economia de, aproximadamente, 30% do consumo do aparelho ligado em sua potência máxima. Mas, mesmo assim, é importante que o tempo de uso seja mantido, pois não adianta diminuir a potência do equipamento e aumentar o tempo de banho”, afirma o engenheiro da Cemig.