A gerente-geral de um banco de Pará de Minas, na região Central do estado, será indenizada em R$ 5 mil após ser chamada de “gorda” pela chefia. Testemunha ouvida no processo disse que a profissional era constantemente humilhada por conta da aparência e que um dos chefes dizia que se ela não emagrecesse, não seria promovida.
A decisão é da 3ª Turma do TRT (Tribunal regional do Trabalho) de Minas, que manteve sentença oriunda da Vara do Trabalho de Pará de Minas. Ao votar, o desembargador Luis Felipe Lopes Boson, relator do caso, observou que a empregada não é obrigada a suportar esse tipo de tratamento no ambiente de trabalho.
Segundo ele, toda empresa tem obrigação de zelar pela integridade moral dos funcionários, que colocam o seu esforço pessoal em prol do sucesso do empreendimento econômico. “No atual estágio da civilização, não se tolera que o empregador e/ou seus prepostos resvale para atitudes agressivas e desrespeitosas para com o trabalhador”, destacou.
De acordo com a decisão, ficou provado que a atitude do banco expôs a gerente a situações humilhantes e constrangedoras, “fazendo aflorar à superfície a figura do ato ilícito”. Diante disso, o relator manteve a condenação ao pagamento de indenização por danos morais e negou recurso da instituição.
