A Polícia Militar prendeu, no fim da tarde dessa terça-feira (3), um grupo suspeito de torturar um casal em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de BH.
Segundo a corporação, os suspeitos espancaram a mulher de 28 anos e o homem, de 21, em um pasto do município. Dois homens de 23 e um de 26 foram presos. Já outros dois, menores de 17 e 15 anos, foram apreendidos.
Vídeo que circula nas redes sociais mostra os instantes da tortura. Enquanto a mulher teve hematomas no tórax, nos braços e um corte no couro cabeludo, o rapaz teve múltiplos traumas, incluindo ferimentos profundos na cabeça.
O boletim policial aponta que a motivação dos suspeitos foram supostas dívidas que o casal tinha com o tráfico de drogas. Os militares encontraram as vítimas no chão e as encaminharam à UPA do município. Posteriormente, elas foram conduzidas ao Hospital Regional de Betim.
Um dos suspeitos resistiu à abordagem e precisou ser imobilizado pelos militares. A polícia apreendeu pedras de crack, um caderno com anotações do tráfico e um revólver que um dos homens portava.
Por meio de nota ao BHAZ, a Polícia Civil informa que os suspeitos foram ouvidos na madrugada de hoje (4). O grupo teve a prisão em flagrante ratificada pelo crime de tortura. Já os adolescentes foram apresentados ao Ministério Público.
Nota da Polícia Civil na íntegra
“Sobre os fatos ocorridos na noite desta terça-feira (3/1), em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que seis suspeitos foram conduzidos e ouvidos por meio da Central Estadual do Plantão Digital, nesta madrugada (4/1).
Três deles são homens, um de 26 anos e dois de 23 anos, todos tiveram a prisão em flagrante ratificada por Tortura. Os demais são adolescentes, um com 15 anos e os outros dois, com 17 anos, que, acompanhados dos representantes legais, foram ouvidos e autuados por ato infracional análogo ao crime de tortura.
Após os procedimentos de polícia judiciária, os três homens foram encaminhados ao sistema prisional, enquanto os adolescentes apresentados ao Ministério Público.
A investigação prossegue pela PCMG para completa elucidação dos fatos”