A PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais) identificou o homem suspeito de pichar o muro da Câmara Municipal de Elói Mendes, no Sul de Minas, no último sábado (25). Após quatro dias de investigações, a polícia chegou ao rapaz de 26 anos por meio de levantamentos nas redes sociais. Nesta terça-feira (29), ele foi interrogado e confessou ter feito as pichações.
Apesar da confissão, o jovem negou que o ato tenha tido qualquer relação com as eleições municipais de 2020. Segundo ele, a intenção era promover a pauta antirracista na cidade e reivindicar o apoio do poder público aos setores de arte e cultura na cidade.
Segundo a Polícia Civil, o homem infringiu o artigo 65 da Lei 9.605/98, de crimes ambientais, que criminaliza o ato de “pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano”. A lei estabelece ainda que, se o ato for realizado em monumento ou construção tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena pode variar de seis meses a um ano de detenção, e multa.
Bomba-relógio
Na madrugada do último sábado, o muro da Câmara Municipal de Elói Mendes foi pichado com os dizeres: “A arte é uma arma carregada de futuro”. Além da pichação, o homem deixou no local uma caixa de papelão com um simulacro de bomba-relógio dentro, alguns exemplares do livro “Pequeno Manual Antirracista”, da filósofa Djamila Ribeiro, e uma carta conclamando as autoridades municipais a adotarem medidas antirracistas. A bomba falsa foi feito com um cabo de vassoura, fios elétricos e um relógio.
Com PCMG