O sócio suspeito de matar o empresário mineiro Samuel Eberth de Melo foi visto, no dia em que a vítima teria sido assassinada, comprando duas pás, uma enxada e lona em uma loja em Santo Antônio da Patrulha, no Rio Grande do Sul. Imagens de câmeras de segurança do estabelecimento mostram o momento da compra.
O registro foi feito no dia 2 de junho, data em que a Polícia Civil suspeita que Samuel tenha sido morto. O sócio, de 30 anos, está preso preventivamente desde o dia 4 de junho. Um comparsa suspeito de envolvimento no crime também foi preso nesse sábado (10).
De acordo com a corporação, os itens comprados na loja teriam sido usados na ocultação do corpo de Samuel Eberth, encontrado em área próxima a uma residência abandonada na região de Santo Antônio da Patrulha, coberto por folhas, telhas e outros objetos.
Morto a tiros
Em coletiva de imprensa na manhã dessa segunda-feira (12), a corporação detalhou informações sobre a busca pelo empresário. De acordo com o delegado Mário Souza, responsável pelo caso, Samuel foi assassinado a tiros, possivelmente no próprio dia do desaparecimento.
As buscas, realizadas ao longo de sete dias, contaram com apoio de cães farejadores do Corpo de Bombeiros Militar, da Brigada Militar e do Instituto-Geral de Perícias (IGP). Antes de achar o cadáver, os agentes chegaram a encontrar os óculos de Samuel.
O empresário foi encontrado morto com pelo menos nove perfurações por arma de fogo.
Cobrança
A vítima trabalhava como revendedor de veículos e desapareceu em Novo Hamburgo durante uma viagem a trabalho para resolver um “desacerto comercial”. De acordo com o delegado Mário Souza, Samuel Eberth tinha a intenção de resolver o desacerto com um sócio que havia conhecido há poucos meses.
A vítima buscava tratar com o parceiro comercial sobre 44 veículos enviados para venda, cujo valor, estimado em R$ 5 milhões, não teria sido repassado.
Ele viajou sozinho de BH para Nova Hamburgo, e parou de dar notícias à família por volta das 16h do dia 2. A Polícia Civil, Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros estavam empenhados em encontrar o empresário desde o dia 3 de junho.
Conforme a delegada Marcela Ehler, titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Novo Hamburgo e responsável pela investigação, o sócio agora preso foi o primeiro a ser ouvido durante as apurações. Foram inconsistências no depoimento motivaram, inicialmente, o pedido e o deferimento de prisão temporária.
Quase uma semana depois, um comparsa também foi preso. As investigações da PCRS (Polícia Civil do Rio Grande do Sul) prosseguem.