Quase 2,5 milhões de pessoas não tomaram 2ª dose contra a Covid em Minas; jovens são maioria

Mais de 2 milhões de pessoas não tomaram a segunda dose em Minas
Vacinação de crianças e adolescentes é o que mais preocupa (Fábio Rodrigues/Agência Brasil)

Quase 2,5 milhões de pessoas não voltaram para receber a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em Minas Gerais, conforme dados do boletim informativo divulgado pela SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) nesta sexta-feira (11). Entre os mineiros com a vacinação incompleta, os jovens são maioria – a faixa etária que mais faltou à imunização foi a dos 12 aos 29 anos.

Ao todo, foram 2.393.003 pessoas em Minas Gerais que não retornaram para receber a segunda dose e estão com o esquema vacinal incompleto. Desse total, a maior parte – quase 604 mil indivíduos – tem idade entre 12 e 19 anos. O segundo grupo mais numeroso, com pouco menos de 600 mil pessoas, tem entre 20 e 29 anos.

A vacina é considerada atrasada quando ultrapassa o prazo recomendado para administração do imunizante e não há registro no sistema de informações de a pessoa ter recebido a segunda dose. Por esse motivo, a vacinação infantil ainda não consta no boletim da SES-MG, uma vez que o prazo para aplicação da segunda dose neste grupo ainda não expirou.

Fundamental para a redução de casos graves

Fábio Baccheretti, secretário de Estado de Saúde, alerta que a administração da segunda dose da vacina é fundamental para a redução de casos graves e mortes por Covid-19. “Esse é um dado importante: mais de 2 milhões de pessoas não tomaram duas doses. A gente vê cada vez mais internações e óbitos daqueles que não se vacinaram com duas doses”, aponta o secretário.

Para a coordenadora estadual do Programa de Imunizações, Josianne Dias Gusmão, um dos motivos que pode explicar o grande contingente de pessoas com a segunda dose em atraso seria a falta de informações sobre a data certa para a segunda dose. “É importante que quem já recebeu a primeira dose verifique o cartão de vacina, procure a unidade de saúde mais próxima e complete o esquema vacinal”, reforça.

Segundo a coordenadora, os dados de eficácia das vacinas contra a Covid-19, conhecidos e comprovados, se referem aos esquemas completos, especialmente no que diz respeito à proteção contra novas variantes.

“Por isso, é necessário receber doses conforme recomendação de cada laboratório. Para garantir a eficácia, as vacinas devem ser aplicadas de acordo com os intervalos recomendados para cada uma. No entanto, em caso de atraso, não é preciso recomeçar o esquema, basta completá-lo”, aponta.

Prazos para tomar a vacina

1ª dose

Todas as pessoas com 12 anos ou mais de idade devem tomar a vacina contra Covid-19 disponível na unidade de saúde mais próxima.

Intervalo para tomar a 2ª dose

  • Pfizer: 21 dias entre a primeira e a segunda dose;
  • AstraZeneca: oito semanas entre a primeira e a segunda dose;
  • CoronaVac: quatro semanas.

1ª dose

Todas as crianças com idade entre 5 e 11 anos devem tomar a vacina contra Covid-19 na unidade de saúde mais próxima de casa; os imunizantes autorizados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) são a Pfizer Pediátrica – para 5 a 11 anos – e a CoronaVac – para crianças e adolescentes na faixa etária de 6 a 17 anos de idade, exceto imunocomprometidos.

Intervalo para tomar a 2ª dose

  • Pfizer Pediátrica – oito semanas após a administração da primeira dose;
  • CoronaVac – 28 dias após a administração da primeira dose.
Giulia Di Napoli[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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