Mineira da menor cidade do Brasil conquista bolsa de PHD nos Estados Unidos

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Camila Campos Costa embarcou rumo aos Estados Unidos para cursar o PHD em Estudos Culturais na Universidade George Mason (Arquivo pessoal)

Uma pesquisadora de Santa Cruz de Minas, na região Central de Minas, realizou o sonho de estudar fora do país. Camila Campos Costa embarcou nessa segunda-feira (14) rumo aos Estados Unidos para cursar o PHD em Estudos Culturais na Universidade George Mason, no estado da Virgínia.

Em conversa com o BHAZ, a estudante conta que o processo teve início há um ano e meio quando ela foi aprovada no processo seletivo do programa EducationUSA. A iniciativa patrocina estudantes com excelente performance acadêmica para o ingresso em universidades norte-americanas.

Um dos diferenciais que as instituições mais levam em conta, segundo Camila, é o envolvimento em projetos sociais, algo que o currículo dela é recheado. “Sempre fui envolvida em ações da minha comunidade. Fiz parte de um cursinho popular, de um jornal escolar e também ajudei uma campanha de arrecadação de alimentos na pandemia”, relembra.

A estudante conta que estava muito confiante e que se sente muito orgulhosa de ver seu trabalho reconhecido. “Eu fiquei muito feliz e muito realizada de ver que todo o meu trabalho valeu a pena. Eu tinha muita esperança de que iria conseguir, tinha muita confiança em mim”, declarou.

Sonho realizado

Camila é natural de Santa Cruz de Minas, a menor cidade do Brasil em extensão territorial. Apaixonada por educação, ela conta que sempre almejou estudar fora do país, embora soubesse que as oportunidades eram escassas.

“Sempre quis fazer intercâmbio, me ver uma pessoa que mora fora, mesmo tendo nascido na menor cidade do Brasil. Sempre quis estar em lugares grandes, mas isso sempre foi muito longe da minha realidade, então sempre fantasiei isso, em ser poliglota e falar um milhão de idiomas”, disse ela.

O caminho dela até a conquista, porém, foi atravessado por adversidades. A jovem explica que vem de uma família muito humilde e que quando cursava o terceiro ano do ensino médio ela precisou começar a trabalhar para contribuir em casa.

O acúmulo de tarefas acabou atrapalhando o desempenho dela na escola e Camila chegou a reprovar em física. Agora, a estudante olha para trás com orgulho da trajetória que traçou.

“Minhas expectativas estão bem altas. Quero contribuir muito, com o que aprendi no Brasil, quando a gente estiver analisando os estudos culturais latino-americanos. Também quero conseguir voltar para o Brasil quando eu me formar e continuar o legado que eu já tenho”, declarou.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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