Uma nuvem de poeira vinda de Franca, no interior de São Paulo, tomou cidades mineiras entre o fim da tarde e o começo da noite desse domingo (26). O fenômeno foi registrado, pelo menos, em Frutal, Uberlândia, Planura e Uberaba, ambas no Triângulo Mineiro. Moradores registraram o momento em que os municípios foram cobertos pela nuvem.
O meteorologista Claudemir de Azevedo, do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), explica o que provoca a formação da nuvem de poeira. “O fenômeno se dá devido aos ventos intensos em superfície e fortes rajadas, de até 50 km/h, que antecedem uma tempestade”, diz em entrevista ao BHAZ.
As imagens do fenômeno circulam pelas redes sociais e são assustadoras, visto o tamanho da nuvem formada. Um vídeo mostra a situação de Frutal. “Nuvem de poeira cobriu toda a cidade”, foi escrito na legenda do vídeo.
Seca
O tempo seco é um fator que ajuda a explicar a ocorrência do fenômeno, segundo Claudemir.
“A nuvem de poeira não é algo tão comum, mas pode ocorrer na transição entre o período seco e chuvoso. A atmosfera está bastante seca e as rajadas de vento, associadas com tempestades, provocam o surgimento das nuvens de poeira”, comenta.
Uma moradora de Uberaba gravou o momento em que conseguiu ver o fenômeno da própria casa. “Olha a nuvem de poeira aqui indo pra cima do bairro Abadia, passando ali pelo Shopping Uberaba”. O barulho do vento demonstra a força da rajada que passou pela cidade mineira.
A cidade de Uberlândia foi outro local com registros da passagem do fenômeno. “Uberlândia agora a noite coberta de poeira”, escreveu uma internauta.
Uberlândia agora noite coberta de poeira pic.twitter.com/1OKNdOoryW
— Gisele Silva (@GihGiseleGih) September 26, 2021
O fenômeno da nuvem de poeira atingiu Planura. Um vídeo mostra a localidade sendo tomada. “Olha aqui. Que é isso gente. Pulou o rio já. Meu pai do céu”, disse o homem espantando enquanto gravava um vídeo.
Tempestade de poeira avançando nesta tarde de domingo (26) sobre o município de Planura, em Minas Gerais. pic.twitter.com/HmtWsWox4p
— Conexão GeoClima (@ConexaoGeoClima) September 26, 2021