Ônibus cai em ribanceira e deixa dois mortos e 34 feridos na BR-381, em João Monlevade

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Ônibus saiu de BH com destino a Guarapari, no litoral do Espírito Santo (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Duas pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas após um grave acidente com um ônibus fretado na BR-381 na madrugada desta quarta-feira (29). O veículo, que levava 47 pessoas, caiu em uma ribanceira de aproximadamente 40 metros na altura de João Monlevade, na região Central de Minas, pouco depois de 1h da madrugada.

O ônibus ia de Belo Horizonte para Guarapari, no litoral do Espírito Santo quando capotou na ribanceira. Segundo o Corpo de Bombeiros, quando os socorristas chegaram ao local, boa parte dos passageiros já havia sido retirada do veículo com a ajuda de serviços voluntários e pessoas que passavam pelo local.

Ao todo, os militares atuaram no resgate de dez pessoas. Ainda segundo a corporação, as duas vítimas que não resistiram e morreram no local são um homem de 50 anos e uma mulher de 64, natural de Caeté. Ele estava na parte da frente do veículo, enquanto a mulher estava na traseira.

Com o capotamento, as duas vítimas foram arremessadas para fora do ônibus. Os corpos foram encontrados abaixo do veículo, às margens de um córrego. Informações iniciais dão conta de que o motorista teria sofrido um mal súbito.

Outras vítimas

Além das duas mortes, 34 passageiros do ônibus – da Jundiá Transportadora, fretado pela Buser – sofreram ferimentos e precisaram de atendimento médico. Três delas foram conduzidas pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para o Hospital Nossa Senhora das Dores, em Itabira, na região Central do estado.

Outras 31 vítimas foram levadas para o Hospital Santa Margarida, em João Monlevade. As demais 11 pessoas que estavam no veículo não tiveram nenhum ferimento aparente, mas também foram levadas ao mesmo hospital, com a ajuda de um ônibus.

O que dizem as empresas?

Procurada pelo BHAZ, a Buser afirmou que “lamenta profundamente” o acidente e que “juntamente com a parceira Jundiá, vem prestando todo o apoio aos envolvidos, além dos esclarecimentos necessários às autoridades policiais”.

“A plataforma esclarece que as causas oficiais do acidente estão sendo apuradas em perícia por órgãos competentes. Ao se solidarizar com familiares e amigos das vítimas, a Buser aguarda as investigações”, diz trecho da nota (leia na íntegra abaixo). A empresa ainda reforçou que oferece treinamentos aos motoristas parceiros e que, desde o início, implementou o seguro grátis a todos os passageiros.

A Jundiá Transportadora também lamentou o acidente e afirmou que “todos os passageiros estão cobertos pelo seguro e estão sendo atendidos com toda solidariedade, sensibilidade e dedicação” pela equipe. Segundo a empresa, o ônibus estava com toda a documentação em dia, assim como as licenças e autorizações dos motoristas escalados para a viagem.

“Inicialmente, a informação que temos é que o motorista sofreu um mal súbito, o que também será objeto de investigação. O profissional é habilitado há sete anos e está com todas as licenças, exames de saúde e toxicológicos, registros e cursos em dia, assim como tinha cumprido o período de descanso obrigatório entre uma viagem e outra”, diz trecho da nota (leia na íntegra abaixo).

Impactos no trânsito

Por causa do acidente, o trânsito chegou a ficar bloqueado no trecho da rodovia, com a pista totalmente bloqueada, conforme a Polícia Rodoviária Federal. A pista foi liberada horas depois, por volta das 3h10, após o fim dos trabalhos de resgate e perícia.

Atuaram no local quatro guarnições do Corpo de Bombeiros, com apoio da Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Samu e Polícia Civil, além de socorristas e brigadistas locais.

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Veículo caiu em ribanceira de aproximadamente 40 metros (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Nota da Buser na íntegra

A Buser lamenta profundamente o acidente ocorrido na madrugada desta quarta-feira (29/12), no KM 356 da BR-381, em João Monlevade, região Central de Minas Gerais, e informa que, juntamente com a parceira Jundiá, vem prestando todo o apoio aos envolvidos, além dos esclarecimentos necessários às autoridades policiais. 

O ônibus viajava de Belo Horizonte (MG) com destino a Guarapari (ES). A plataforma esclarece que as causas oficiais do acidente estão sendo apuradas em perícia por órgãos competentes. Ao se solidarizar com familiares e amigos das vítimas, a Buser aguarda as investigações.

A Buser tem a segurança como um dos pilares de sua atividade. A empresa oferece, gratuitamente, treinamentos regulares aos motoristas parceiros. Além disso, desde o início de sua atuação, implementou o seguro grátis a todos os viajantes.   

Nota da Jundiá Transportadora na íntegra

O ônibus que fazia a viagem Belo Horizonte/Guarapari e se acidentou na madrugada desta quarta-feira (29) estava com toda documentação em dia, assim como as licenças e autorizações dos motoristas escalados para a viagem.

A Jundiá Transportadora Turística é uma empresa tradicional, que preza pela qualidade de sua operação. A idade média dos veículos registrados na ANTT é de 4,67 anos. Todos os veículos, além das revisões obrigatórias dos fabricantes, são inspecionados a cada 5.000 km.

As razões do acidente ainda serão apuradas pelas autoridades, após perícias e depoimentos. Inicialmente, a informação que temos é que o motorista sofreu um mal súbito, o que também será objeto de investigação. O profissional é habilitado há sete anos e está com todas as licenças, exames de saúde e toxicológicos, registros e cursos em dia, assim como tinha cumprido o período de descanso obrigatório entre uma viagem e outra.

O segundo motorista assumiria o ônibus na cidade de Manhuaçu (MG), após um total de cerca de 280 km ou cinco horas de viagem, menos do que exige a legislação.

A licença da ANTT para esta viagem estava regular, ainda que o sistema do órgão gere divergências em relação a horários, questão que é discutida permanentemente pelo setor de fretamento com a agência. O número de passageiros incluídos na listagem é diferente do número real por dificuldades operacionais relacionadas ao site da ANTT e que ainda estamos averiguando a razão. Isso não implica em riscos de segurança, trata-se de uma formalidade. E em nenhum momento a empresa deixou de informar às autoridades sobre a ocorrência da viagem.

Reforçamos que todos os passageiros, constando ou não da licença, estão cobertos pelo seguro e estão sendo atendidos com toda solidariedade, sensibilidade e dedicação por nossa equipe.

Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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