Operação desarticula organização que aplicou ‘golpe do motoboy’ em 20 cidades de Minas Gerais

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A operação Tricherie já prendeu sete pessoas da organização criminosa que aplicava o ‘golpe do motoboy’ (Reprodução/MPMG)

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e a Polícia Civil iniciaram uma operação que desarticulou uma organização criminosa que aplicava o “golpe do motoboy” em Minas Gerais. As corporações cumprem mandados de busca e apreensão, prisão e ordens de sequestro nesta terça-feira (12), em São Paulo.

Segundo o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), a organização crminosa praticou o golpe em 20 cidades mineiras. Belo Horizonte, Betim, Contagem, Ibirité, Santa Luzia, Divinópolis, Governador Valadares e Ipatinga são alguns dos municípios onde a gangue atuou.

O golpe do motoboy consiste na vítima receber uma ligação de um integrante da organização que alega ser de uma instituição financeira. Por meio disso, ele consegue a senha pessoal de cartões bancários.

Em seguida, informa que um motoboy buscará os cartões e, após o recolhimento, são efetuados vários saques, compras e transferências para contas fraudadas. O grupo se aproveita de falhas de alguns bancos no processo de validação de identidade.

A operação do Gaeco e da Polícia Civil cumpre 17 mandados de prisão, 13 mandados de busca e apreensão e 18 ordens de sequestro que totalizam R$ 1,4 milhão nas contas bancárias, aplicações financeiras, títulos de capitalização, cadernetas de poupança e investimentos dos investigados.

Os mandados e ordens de sequestro expedidos pela Justiça Criminal de Belo Horizonte são cumpridos em São Paulo, Guarulhos, Itapevi e Jacareí, todas no estado de São Paulo. De acordo com o Gaeco, sete pessoas já foram presas.

As investigações apontam que, em Minas Gerais, foram registradas 68 ocorrências, com valores declarados pelas vítimas que totalizam mais de R$ 500 mil. Porém, como mais da metade das ocorrências não apresentam o valor perdido pelas vítimas e considerando a identificação de subnotificações, estima-se que a gangue tenha causado um prejuízo ainda maior.

Com MPMG

Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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