Ouro Fino, no Sul de Minas, sofre com infestação de caramujos africanos

Caramujos africanos
Em ações realizadas no bairro da Serrinha, nos últimos dias, profissionais recolheram vários sacos cheios dos animais (Prefeitura de Ouro Fino/Divulgação)

A equipe de controle de endemias de Ouro Fino, no Sul de Minas Gerais, está atuando para combater uma infestação de caramujos africanos que assola uma região da cidade. Em ações realizadas no bairro da Serrinha, nos últimos dias, os profissionais recolheram vários sacos cheios dos animais.

De acordo com a Prefeitura de Ouro Fino, o caramujo africano é um animal exótico que foi introduzido no país na década de 1980. Ele acabou se tornando uma praga, por não haver predador natural que possa controlar a população.

Cada caramujo africano hermafrodita pode colocar 400 ovos a cada postura, e as posturas podem ocorrer até cinco vezes ao ano. Consequentemente, isso ocasiona grandes infestações, especialmente após períodos de chuva.

Caramujo
Animais aparecem aos montes no bairro do Serrinha (Prefeitura de Ouro Fino/Divulgação)

Caramujos recolhidos

Na noite da última terça-feira (8) e na manhã da quarta-feira (9), a equipe de controle de endemias, chefiada por Nayara Carvalho, foi até o bairro da Serrinha munida com sacos, luvas e lanternas.

Os profissionais se dirigiram aos locais onde foi observada maior incidência dos animais, manualmente enchendo sacos e mais sacos de caramujos africanos.

Parte da equipe ainda percorreu o bairro com cartilhas de orientação, explicando o descarte correto e como proceder durante uma infestação dos caramujos. Os profissionais também passaram o contato de chefe do setor, para que os moradores possam ligar caso ocorra uma urgência de retirada de caramujos.

Orientações

De acordo com Nayara Carvalho, a forma mais adequada de se eliminar os caramujos africanos é por meio do controle mecânico, que consiste na catação manual destes animais.

Após proteger as mãos para pegar os moluscos, a recomendação é acondicioná-los em um saco de lixo e jogar dentro do saco sal em quantidade abundante para matar os moluscos. A coleta manual deve ser feita periodicamente até eliminar a infestação do local”, explica a especialista.

Outra orientação importante é não jogar sal grosso diretamente nos caramujos livres. Segundo Nayara, além de contaminar o solo, as conchas sobrarão no ambiente e se encherão de água de chuva, favorecendo a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Os moradores que sofrem com a infestação no município podem acionar a especialista por meio do telefone (35) 99722-1740.

Edição: Vitor Fernandes
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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