Um encontro emocionante aconteceu na manhã de hoje (4) em Belo Horizonte. O recém-chegado ao Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, o soldado Heverton Lucas de Souza, conheceu o bombeiro que salvou a vida de seu filho no mês de fevereiro, quando o pai ainda não era militar.
Na época, o pequeno Heitor tinha apenas 31 dias de vida quando foi salvo pelo sargento Paulino. Heitor havia se engasgado logo depois da amamentação. Ao BHAZ, o pai conta que o momento foi de grande susto mas graças ao trabalho do bombeiro foi possível salvar a vida da criança.
“Ele estava no meu colo quando as vias aéreas ficaram obstruídas e ficou sem respirar”, relembra o pai. Heverton conta que tanto ele quanto a esposa já dominavam algumas técnicas de salvamento que aprenderam durante curso de Segurança do Trabalho, mas nenhuma delas estava resolvendo e o filho continuava engasgado.
“Veio o desespero, então nesse momento a gente começou a gritar os vizinhos para tentar ajudar. Eu saí com Heitor no colo pedindo ajuda e minha esposa prontamente ligou para o Corpo de Bombeiros e a atendente nos transferiu para o sargento Paulino, que nos auxiliou”.
Ao pegar o telefone, ainda na rua, Heverton recebeu do sargento as instruções corretas de como agir para desengasgar o pequeno. “Foi só assim que ele voltou a respirar”, conta o bombeiro e pai de Heitor.
Dívida de gratidão
Heverton conta que o salvamento nunca saiu de sua memória. Como já tinha prestado concurso para o Corpo de Bombeiros, o pai só estava aguardando a convocação para finalmente atuar na nobre carreira. No mês de abril, Heverton iniciou o curso de formação dos bombeiros para efetivar seu ingresso.
Fazendo parte da corporação, Heverton pediu o contato do sargento Paulino para agradecer o salvamento. “Queria saber o nome do anjo que me salvou. Então liguei e agradeci e disse que queria registrar o momento de todos nós juntos”, explica o pai.
Até então, o sargento Paulino não sabia que o pai da criança agora também fazia parte do Corpo de Bombeiros. Por isso, Heverton fez questão de que esse encontro fosse feito enquanto ele estivesse fardado, para fazer uma surpresa ao militar que salvou a vida de seu filho.
“Eu coloquei na minha cabeça que quando eu fardasse eu teria a honra de ir lá e me apresentar para ele, e dizer o quanto eu estou empenhado em ter ele como um espelho para mim, de fazer para sociedade o que ele fez por mim”, comenta.
“Eu sinto que depois de que isso aconteceu comigo eu tenho obrigação de salvar vidas e desempenhar essa função tão maravilhosa e tão bem vista pela população. É meu dever, não só por ser bombeiro mas por tudo o que aconteceu, quero fazer isso pelas pessoas”.
