PF combate quadrilha que fraudava INSS para receber benefícios em Minas

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Corporação representou por quatro mandados de busca e apreensão na região Central do estado (Polícia Federal/Divulgação)

A PF (Polícia Federal) representou mandados de busca e apreensão contra uma associação criminosa que fraudava a Previdência Social na região Central de Minas Gerais. A operação “Fraude Dupla” foi deflagrada nesta quarta-feira (23), em parceria com a CGTIN (Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista), do Ministério do Trabalho e Previdência.

De acordo com a PF, os criminosos criavam pessoas fictícias e falsificavam certidões de nascimento, documentos de identidade e comprovantes de residência para fraudar o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e desfrutar dos auxílios financeiros.

As artimanhas da quadrilha envolveram a concessão de, ao menos, 16 benefícios previdenciários. Dentre eles estavam os benefícios que amparam idosos de baixa renda, além de pensão por morte, auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e por idade.

A operação foi intitulada Fraude Dupla porque as autoridades verificaram que, em certas ocasiões, os benefícios foram burlados duas vezes. Isso porque o benefício era fraudado por falta de prova de vida, mas era reativado com o envio de novos documentos falsos, usando a imagem de terceiros.

Suspeitos criavam pessoas fictícias para usar benefícios previdenciários
(Polícia Federal/Divulgação)

Punição

Durante a investigação, a corporação descobriu que um dos integrantes do esquema criminoso já foi vereador no município mineiro de Vespasiano. Com as fraudes aplicadas, o prejuízo aos cofres da União já soma R$ 2,7 milhões. Com a deflagração, a Polícia Federal evita novas perdas financeiras milionárias.

A PF representou por quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal de Belo Horizonte. Enquanto dois deles serão cumpridos em Vespasiano, outro será cumprido em Ribeirão das Neves e o último em Itambé do Mato Dentro, todos na região Central do estado. Os cidadãos envolvidos na prática ilegal serão autuados pelos crimes de estelionato qualificado e associação criminosa, cujas penas de reclusão, somadas, podem chegar a nove anos e sete meses.

Com Polícia Federal

Edição: Roberth Costa
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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