R$ 1,8 milhão em golpes: Polícia prende quadrilha especializada em crimes pelo WhatsApp

golpes whatsapp
O grupo habilitava dezenas de chips telefônicos para aplicar os golpes (PMMG/Divulgação)

Sete pessoas foram presas preventivamente, ontem (6), nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande, no Mato Grosso, suspeitas de integrarem um esquema de golpes pelo WhatsApp. Segundo o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), o grupo criminoso fez vítimas em todo o país, sendo muitos dos estelionatos cometidos contra vítimas de Minas Gerais.

De acordo com as investigações – que estão sendo conduzidas desde o ano passado pelo MPMG e pela Polícia Militar – a quadrilha movimenta cerca de R$ 10 mil por dia, o que representa cerca de R$ 1,8 milhão de prejuízos ocasionados às diversas vítimas. O valor foi bloqueado para que possa ser devolvido às pessoas lesadas.

A organização dividia as funções de seus membros em um núcleo operacional e outro financeiro. O primeiro era responsável por obter dados das vítimas, habilitar chips de telefonia para aplicar os golpes, enviar mensagens de Whatsapp para as vítimas se fazendo passar por familiares delas e solicitar a transferência de valores para contas que indicavam, alegando tratar-se de situações urgentes.  

Já ao núcleo financeiro cabia a função de fornecer contas bancárias e chaves PIX para que as vítimas transferissem os valores. Os criminosos então realizavam o saque ou transferência de forma imediata, de modo a evitar que o valor fosse recuperado pelas vítimas.

Golpes são comuns

A Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos alerta que o crime de estelionato pelo WhatsApp tem sido um dos delitos mais cometidos no país. Por esse motivo, desde 2021, o Ministério Público e a Polícia Militar têm intensificado a atuação contra esse tipo de crime. 

Só entre janeiro e setembro de 2021, por exemplo, 32.949 ocorrências de estelionato digital por WhatsApp – o famoso “golpe” – haviam sido registradas no estado. “Surgiram organizações criminosas especializadas na obtenção de dados pessoais e vínculos familiares, com consequente utilização para obter proveitos enganando parentes dos titulares dos dados através de mensagens pelo aplicativo Whatsapp”, explica o promotor Mauro Ellovich.  

Com MPMG

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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