UFMG deve ter ‘avanços e recuos’ na flexibilização das atividades presenciais, diz coordenadora de comitê

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UFMG também não vai exigir comprovação de vacinação (Amanda Dias/BHAZ)

O comitê de enfrentamento à Covid-19 da UFMG não considera mais a possibilidade de um retrocesso nas etapas do plano de retorno às atividades presenciais, mas prevê “movimentos de idas e vindas, avanços e recuos” das flexibilizações nos próximos meses. As afirmações são da coordenadora do comitê, Cristina Alvim.

Em entrevista ao portal da UFMG, a coordenadora revelou um otimismo cauteloso. “Para 2022, as perspectivas são boas no sentido de que aumentaremos nossas defesas contra a pandemia por meio de novas vacinas e medicamentos antivirais”, disse.

Cristina Alvim afirma que a universidade deve decidir como conviver com a Covid-19, sem ignorá-la. Neste mês, a UFMG entra na etapa 3 do “Plano para o retorno presencial”, que prevê a flexibilização das atividades sem limite de teto de ocupação de espaços físicos.

‘Avanços e recuos’

Apesar do aumento da incidência da Covid-19 com a transmissão da variante ômicron, Cristina Alvim defende que o “descolamento entre incidência e gravidade” nos casos da doença fazem com que a ideia de retrocesso no plano de retorno não seja mais adequada ao cenário atual.

“O que pode ocorrer são movimentos de idas e vindas, avanços e recuos, marcados por suspensões temporárias de atividades presenciais em decorrência do monitoramento de casos. É uma medida que está prevista no plano e considera a incerteza da evolução da pandemia”, disse.

A medida vai de encontro a decisões de algumas universidades do país. A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e a Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), por exemplo, suspenderam as atividades presenciais temporariamente.

“O comitê avalia que não se justifica manter a maioria das atividades da universidade em modo remoto emergencial no terceiro ano de pandemia, especialmente com toda a cidade aberta”, argumenta a coordenadora.

Sem exigência de vacinação

A respeito de uma potencial exigência de comprovante de vacinação contra Covid-19 para a volta às atividades presenciais, Cristina Alvim disse que a UFMG vai incluir, no processo de matrícula dos estudantes, um questionário sobre o estado vacinal.

“E buscaremos estratégias educativas e logísticas para estimular a imunização entre jovens com menos de 30 anos. Nossa proposta não é impedir a circulação de pessoas nos campi, muito menos punir os estudantes com cancelamento de matrícula ou algo semelhante. Nossa estratégia baseia-se no tripé acolhimento, busca ativa e orientação para se vacinar”, detalha.

Segundo dados do MonitoraCovid UFMG, das 1.726 pessoas que acessaram o sistema nos últimos 14 dias, 98% estavam com a vacinação completa.

Leia a entrevista completa da coordenadora do comitê aqui.

Com UFMG

Edição: Giovanna Fávero
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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