A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) passará a ofertar três novos cursos de graduação, com expectativa de começar as turmas a partir dos próximos anos. A criação das formações em Arqueologia, Engenharia de Materiais e Ciências de Dados foi aprovada pelo Conselho Universitário em 5 de outubro e publicada no Boletim da Universidade nessa segunda-feira (23).
De acordo com a UFMG, os cursos de Arqueologia e Engenharia de Materiais inauguram o mecanismo de estruturas formativas de tronco comum. Isso quer dizer que as formações são organizadas por uma gestão compartilhada de atividades acadêmicas pertencentes a dois ou mais cursos de graduação.
Enquanto Arqueologia terá tronco no curso de Antropologia, existente desde 2009, Engenharia de Materiais terá como base o curso de Engenharia Metalúrgica, criado em 1966. As formações já existentes, que abrigavam as novas áreas de graduação como percursos específicos, tiveram suas grades reformuladas.
Para o pró-reitor de Graduação da UFMG, Bruno Teixeira, a ideia do tronco comum pode ser um facilitador para orientação dos estudantes que desejam ingressar no ensino superior. “A formação se torna ainda mais qualificada, porque o estudante, futuro profissional, aprende a dialogar com áreas próximas já durante seu curso de graduação”, comenta.
Adaptações e demandas do mercado
Apesar de ser o 12º curso de graduação ofertado pela Escola de Engenharia da UFMG, o estudo dos materiais já constitui forte vertente dentro da Universidade. Não por acaso, a palavra que define o campo compõe o nome do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais. A abertura de vagas para o novo curso não tem previsão, mas a instituição afirma estar cuidando dos trâmites necessários para o processo.
Enquanto isso, a oferta do curso de Arqueologia caminha a passos largos, com previsão para 2024. Segundo a Universidade, a criação da formação foi motivada pela regulamentação da profissão de arqueólogo, em 2028. Até agora, a formação ocorre como habilitação dentro da graduação em Antropologia.
A criação da graduação em Ciências de Dados, que ofertará 40 vagas por ano, visa atender a demanda mercadológica do setor de Informação. O movimento também parte de uma recomendação da Sociedade Brasileira de Computação. O curso de Ciências de Dados ainda não tem previsão de oferta.