PM procura 73 foragidos que não retornaram após ‘saidinha’ de Natal e Ano Novo

Ao todo, 118 detentos não retornaram aos presídios (Amanda Dias/BHAZ)

A Polícia Militar de Minas Gerais busca 73 foragidos que não retornaram ao sistema prisional após a “saidinha” de Natal e Ano Novo. Batizada “Operação Escudo”, a ação de recaptura já localizou 45 indivíduos. Ao todo, 118 detentos não haviam voltado para as penitenciárias.

A informação foi passada pela major Layla Brunella, porta-voz da Polícia Militar, em coletiva de imprensa realizada no último sábado (6). Na ocasião também foram repassadas atualizações sobre o caso do sargento Roger Dias da Cunha, baleado após perseguição no bairro Aarão Reis, em BH, na noite anterior (5). O autor do crime contra o policial militar estava em “saidinha”.

Ainda na coletiva, a major Layla Brunella questionou a legislação vigente. “Esse é um momento em que a sociedade civil precisa se mobilizar, porque toda vez que a gente beneficia um criminoso, a gente prejudica o cidadão de bem”, questionou.

Legislação

De acordo com a legislação brasileira, o direito de “saidinha” é concedido apenas aos presos que cumprem pena em regime semiaberto, em casos específicos. Os detentos devem cumprir alguns requisitos, como bom comportamento na prisão e não ter sido condenado por crime hediondo.

O benefício pode ser concedido até cinco vezes no ano e geralmente ocorre em datas comemorativas específicas, como Natal, Páscoa e Dia das Mães, para confraternização. Para o Poder Judiciário, o recurso é visto como forma de ressocialização dos detentos.

Nesse domingo (7), a Associação dos Magistrados de Minas Gerais (Amagis) divulgou uma nota afirmando que é “lamentável” vincular o ataque a tiros contra o sargento Roger Dias à decisão judicial que permitiu a saída temporária do criminoso. Para a entidade, as conclusões estão “dissociadas da realidade”.

Suspeitos

Também nesse domingo (7), Welbert de Souza Fagundes e Geovanni Faria de Carvalho, suspeitos do crime contra o sargento Roger Dias, tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva, após a realização de audiência de custódia no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte.

De acordo com a PM, Welbert de Souza, que realizou o disparo, possui 18 passagens pela polícia. Tráfico de drogas, roubo, falsidade ideológica e agressão foram alguns dos crimes praticados pelo autor.

Edição: Roberth Costa
Thiago Cândido[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais. Colunista no programa Agenda da Rede Minas de Televisão. Estagiário do BHAZ desde setembro de 2023.

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