PT registra candidatura de Lula em meio a ato público de apoio do MST

Integrantes do MST e de outros segmentos sociais fazem ato público em apoio ao registro da candidatura de Lula

Pouco antes do PT registrar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, cerca de 10 mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), número estimado pela Polícia Militar, se reuniram em frente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para defender o petista, que se encontra preso em Curitiba. O grupo saiu em marcha por volta das 14h30 do acampamento montado na área do estádio Mané Garrincha, em direção ao tribunal, que fica na área central de Brasília.

A passeata passou pela Esplanada dos Ministérios e tumultuou o trânsito na região central durante a tarde, mas não houve nenhuma intercorrência grave, segundo a PM. Em frente ao TSE, o grupo promove ato político para pressionar o tribunal a não enquadrar Lula na Lei da Ficha Limpa – que torna inelegível condenados em segunda instância-, e autorizar que ele participe das eleições deste ano.

Os manifestantes argumentam, em seus discursos, que a prisão de Lula é injusta e contraria a vontade popular. O Partido dos Trabalhadores (PT) registrou o ex-presidente como candidato mesmo com ele preso, com o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, como vice.

Dividida em três colunas, a chamada Marcha Nacional Lula Livre teve início na última sexta-feira (10) e chegou à capital federal na segunda-feira (13). Os três grupos foram formados por militantes de vários estados do país e saíram de pontos diferentes no entorno do DF, percorrendo cerca de 150 quilômetros até o centro de Brasília.

Também participaram da marcha parlamentares de partidos de esquerda e integrantes de outros movimentos sociais como Via Campesina, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Levante Popular, além de sete militantes que estão em greve de fome desde 31 de julho.

Ontem, a coordenação do movimento se reuniu com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmen Lúcia, para entregar um abaixo-assinado com 240 mil assinaturas pedindo a soltura de Lula para que ele possa concorrer à disputa presidencial.

O ex-presidente está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR), desde 7 de abril. Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no processo que trata do triplex em Guarujá (SP). A prisão foi executada com base na decisão do STF que autorizou prisões após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça.

Moro adia interrogatório

O juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, decidiu adiar para novembro os interrogatórios de Luiz Inácio Lula da Silva e outros réus da ação penal que julga eventual favorecimento do ex-presidente no pagamento de propinas por meio de reformas em sítio de Atibaia cuja propriedade é atribuída a ele pelo Ministério Público Federal.

De acordo com a acusação, as reformas foram pagas por empresas contratadas pela Petrobras. A defesa nega a tese do Ministério Público Federal e diz que o sítio não está em nome do ex-presidente. Os interrogatórios estavam previstos para ocorrer em setembro, durante a campanha presidencial.

“A fim de evitar a exploração eleitoral dos interrogatórios, seja qual for a perspectiva, reputo oportuna redesignar as audiências”, escreve Moro em despacho.

A nova data do interrogatório do ex-presidente está prevista para 14 de novembro – no mesmo dia do pecuarista José Carlos Bumlai.

Além dos dois, são réus na ação penal mais 11 pessoas. As audiências de todos foram adiadas para ocorrer a partir de 5 de novembro. Os interrogatórios dos réus são a fase final do processo, antes da decisão judicial.

Da Agência Brasil

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