A Polícia Civil investiga há um ano o suposto envolvimento do vereador de Léo Burguês (PSL), da Câmara de BH, em um esquema criminoso de rachadinha, contratação de funcionários fantasmas e corrupção. A informação foi passada em coletiva, na tarde de hoje (25), no Deoesp (Departamento Estadual de Operações Especiais), na região da Pampulha. A investigação tramita em segredo de Justiça e por conta disso outros detalhes da 1ª fase da operação Câmara Secreta não foram divulgados.
“Adianto que não vou tecer maiores informações com relação à investigação, devido ao sigilo decretado pela Justiça. São investigados um vereador e assessores que trabalham naquela Casa Legislativa [Câmara Municipal de Belo Horizonte]”, disse o delegado Marcus Vinícius Lobo Leite, chefe da 1ª Draco (Delegacia de Repressão a Organizações Criminosas).
Durante o cumprimento dos 19 mandados de busca e apreensão foram recolhidos computadores, pen drives, documentos e outras mídias. “Os próximos passos serão as análises, pela perícia técnica científica, de tudo que foi apreendido”, destacou Leite. Um dos lugares alvo da operação foi o gabinete do vereador Léo Burguês, que é o líder de governo do prefeito Alexandre Kalil (PSD) na Câmara.
A polícia não divulgou os nomes dos investigados, mas informou que os mandados foram cumpridos, ainda, em “várias residências”, sem especificar as cidades. A corporação também destacou que ninguém foi preso nessa fase da operação.
Por meio de nota divulgada à imprensa, o vereador Léo Burguês disse ter recebido “com surpresa” a visita de policiais civis na casa dele e na Câmara. “Não posso me manifestar sobre o motivo, por ainda ser desconhecido para mim e meus advogados”, diz um trecho. Veja na íntegra abaixo:
Nota Léo Burguês na íntegra
Foi com surpresa que recebi hoje de manhã na minha casa e na Câmara Municipal a visita de policiais civis. Não posso me manifestar sobre o motivo, por ainda ser desconhecido pra mim e meus advogados. Ressalto que todos os atos da minha vida são pautados pela licitude e honradez.