Uma pesquisa eleitoral da Quaest Consultoria divulgada nesta quinta-feira (7) pela Genial Investimentos sinaliza pela primeira vez nos levantamentos da empresa uma intenção de votos acima de 30% para o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), para as eleições de 2022. O cenário não considera o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) na disputa.
A consultoria entrevistou dois mil eleitores entre os dias 30 de março e 3 de abril, em 127 municípios. No mesmo cenário, o ex-presidente Lula (PT) segue liderando, com 45% das intenções de voto. Atrás dele e de Bolsonaro, está Ciro Gomes (PDT), com 6%.
Depois, aparecem André Janones (Avante), com 2%; João Doria (PSDB), com 2%; e Simone Tebet, com 1%. Além disso, 6% dos entrevistados afirmaram que votariam em branco ou nulo, e outros 6% disseram estar indecisos.
Na pesquisa divulgada pela Quaest no mês passado, Lula tinha 46% das intenções de voto contra 26% de Bolsonaro.
Cenário com Moro
Já em uma disputa que inclui o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, Lula segue liderando com 44% das intenções, enquanto Bolsonaro aparece com 29%, segundo a pesquisa. Moro, que deixou o Podemos e se filiou ao União Brasil recentemente, vem em seguida, com 6%.
Atrás deles estão Ciro Gomes, com 5%; André Janones, 3%; João Doria, 1%; e Vera Lúcia, 1%. Outros 5% informaram que vão anular o voto ou votar e branco, e mais 5% estão indecisos. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.
No caso de Doria, que renunciou ao Governo de São Paulo para disputar a presidência, o índice de rejeição ultrapassou o de Bolsonaro pela primeira vez: o tucano alcançou 63% contra 61% do atual presidente.
“Estamos vendo dois fenômenos: a volta dos eleitores do presidente ao ninho bolsonarista e o desencanto dos eleitores com o possível surgimento de uma terceira via. Há uma tendência de os votos do Moro, principalmente, migrarem para o Bolsonaro”, observa o CEO da Quest, Felipe Nunes.
De maneira geral, em relação às pesquisas anteriores da consultoria, a avaliação do governo vem dando sinais de recuperação. Hoje, 47% dos brasileiros classificam como negativa a administração de Bolsonaro, sendo que no mês passado, eram 49%. Em março, 24% dos brasileiros consideravam positivo o governo e agora este número é de 26%.
No total, a consultoria fará 24 rodadas de pesquisa nacional, cada uma delas implicando em duas mil coletas domiciliares face a face, realizadas nas 27 unidades da federação e abrangendo 123 municípios. A partir das entrevistas domiciliares, a Quaest faz a análise e estratificação dos dados por sexo, idade, escolaridade, renda e População Economicamente Ativa (PEA).