A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou uma nova vacina para a prevenção da dengue, nessa quinta-feira (2), por meio da Resolução RE 661. O imunizante, que recebe o nome de Qdenga, pode ser utilizado tanto por pessoas que já tiveram contato com o vírus quanto aquelas que não tiveram.
A nova vacina contra a dengue é da empresa Takeda Pharma Ltda, e é composta por quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença. Dessa forma, o imunizante oferece ampla proteção. A administração funcionará em esquema de duas doses. O intervalo para receber as duas doses do produto é de 3 meses.
O imunizante é o primeiro aprovado no Brasil para um público mais amplo (4 a 60 anos). A vacina contra a dengue que havia sido aprovada anteriormente (Dengvaxia) só pode ser utilizada por quem já teve a doença.
Vacina contra dengue tem eficácia de 80,2%
Na avaliação clínica, a vacina manifestou eficácia geral de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo e independente de situação sorológica de base para dengue (indivíduos soropositivos e soronegativos) 12 meses após administração do imunizante.
A manifestação de eficácia da nova vacina contra a dengue tem suporte nos resultados de um estudo feito em larga escala (estudo de fase 3, feito com milhares de pessoas), randomizado e controlado por placebo, e conduzido em países endêmicos para a doença com o objetivo de verificar a eficácia, segurança e imunogenicidade do produto (capacidade de uma substância provocar uma resposta imune em um corpo).
Além disso, a EMA (Agência Europeia de Medicamentos) avaliou a nova vacina contra a dengue e deu uma recomendação positiva no âmbito do programa “EU Medicines for all”. Essa é uma ferramenta que possibilita a avaliação de medicamentos para serem usados em países de baixa e média renda fora da União Europeia.
Comercialização autorizada
A concessão do registro pela Anvisa da nova vacina contra a dengue autoriza a comercialização no Brasil, uma vez que mantidas as condições aprovadas. Entretanto, o imunizante segue sujeito a monitoramento de eventos adversos por meio de ações de farmacovigilância sob responsabilidade da empresa.