O que é NPC? Mineiro que fatura até R$ 2 mil por transmissão explica nova trend das redes sociais

Colagem de NOCs do TikTok
Maicon Boré e Kine-chan acumulam espectadores em lives de NPC (Reprodução/Redes Sociais).

Se você possui uma conta no Instagram ou Twitter, provavelmente já ouviu falar das lives de NPC. Se você tem uma conta no TikTok, com certeza já. A nova trend vem dando o que falar na internet, em uma mistura distópica de exposição e monetização em todo o mundo.

Mas afinal, o que é o NPC, o conteúdo que tem chamado atenção pela “bizarrice”? O BHAZ conversou com um criador de conteúdo mineiro que faz esse tipo de live sobre como funciona o fenômeno e como ele consegue faturar uma média de R$ 2 mil em pouco mais de uma hora.

O que é NPC?

Para entender o fenômeno, é preciso resgatar o conceito de NPC, originado no universo dos games. A sigla é a abreviação de “non-playable character”, que em tradução livre seria “personagem não jogável”. Como o nome sugere, nos jogos, esses personagens não são controlados, servindo de figurantes para a narrativa principal.

Os NPCs também são conhecidos pelos trejeitos contínuos e vazios, programados para atrair a interação de um ou mais personagens. Essa interação quase sempre é recompensada com novas informações ou itens.

É daí que surge, portanto, a apropriação do termo para o contexto das redes sociais. Ao redor de todo o mundo, criadores de conteúdo e influenciadores digitais se “inspiram” em NPCs e fomentam a mais nova trend do TikTok. A proposta consiste em realizar gestos repetitivos em troca de presentes digitais enviados pelos espectadores da live.

‘Nem eu acredito em todo esse dinheiro’

Assim como o Twitter, o TikTok permite a monetização da presença na plataforma. Com isso, cada vez mais, as lives de NPC se apresentam como uma fonte de renda para criadores de conteúdo. Cada presente digital, representados na rede social por emojis, equivale a uma quantia de moedas, que se convertem em dólares.

Maicon Boré, criador de conteúdo mineiro que acumula mais de três milhões de seguidores no TikTok, afirma que a nova tendência já é responsável por boa parte da sua renda mensal com conteúdo digital. “Eu estou surfando na onda, mas nunca imaginei toda essa repercussão. Internet é isso”, comenta.

Maicon conta que em sua primeira live como NPC, arrecadou R$150 apenas com presentes digitais. Na segunda oportunidade, o valor subiu para R$500, e, atualmente, o faturamento gira na casa dos R$ 2,5 mil. “Nem eu estou acreditando em todo esse dinheiro na minha conta. São R$ 2 mil em menos de duas horas de live“, destaca surpreso.

Recentemente, Boré viralizou nas redes com seu personagem “caipira”. Na live, a figura precisa “colher milho e rosas” para obter recompensa.

Janela de oportunidades

Apesar de serem amplamente criticadas nas redes sociais, as lives de NPC também são utilizadas por criadores de conteúdo como uma vitrine para divulgação de outros trabalhos. Maicon ressalta que seus seguidores não deixarão de receber conteúdo para além das lives.

“Eu não vivo apenas com a renda do conteúdo de NPC. Eu tenho meus personagens e a galera me cobra quando fico muito tempo parado. A ideia é aproveitar os seguidores que vão chegando para impulsionar outros tipos de conteúdo”, conclui.

Thiago Cândido[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais. Colunista no programa Agenda da Rede Minas de Televisão. Estagiário do BHAZ desde setembro de 2023.

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!