Acusada de xenofobia, Antônia Fontenelle ataca Juliette: ‘Deslumbrada’

Antônia Fontenelle
A apresentadora não economizou palavras para se referir à Juliette (Reprodução/Na Lata com Antonia Fontenelle/Youtube)

A apresentadora Antônia Fontenelle foi acusada de xenofobia ao comentar o caso de agressão de DJ Ivis contra a ex-esposa Pamella Holanda. Após utilizar o termo “paraíbas” de forma pejorativa para se referir ao agressor, muitos internautas se manifestaram contra a apresentadora, incluindo a campeã do BBB21 Juliette Freire, que nasceu na Paraíba. Em resposta, Fontenelle atacou Juliette em vídeo na rede social.

“Você foi covarde na sua atitude e irresponsável de me acusar de um crime tão grave como xenofobia. Você ajudou nesse momento a abafar um crime que é a violência doméstica, contribuiu para que as pessoas esqueçam o que esse rapaz fez, o seu conterrâneo, paraibano fez, com a mulher dele para jogar as atenções para cima de mim”, acusa Fontenelle.

Segundo a apresentadora, a campeã do Big Brother tem uma máfia digital a seu favor. “Você foi irresponsável. Você e essa máfia digital que vocês se dão tão bem. Você fez isso por conveniência, você não fez isso da sua cabeça não. Sabe por quê? Porque o textinho que você se arrumou toda para falar, parece ter sido lido de um teleprompter, mas comigo não tem isso não. E eu gostaria de estar falando isso na sua cara, sua irresponsável. Você é massa de manobra, Juliette”, diz, exaltada.

Fontenelle ainda relata que já foi chamada de “paraíba” diversas vezes, desde que se mudou para o Rio de Janeiro, aos 18 anos. “Você não sabe nada da minha vida. Você sabe quantas vezes eu fui chamada de paraíba só porque eu sou do sertão do Piauí? Nem por isso eu vou me vitimizar. Você tá impressionada com a sua fama, a sua fama é passageira, meu amor. Espera ate a próxima edição do Big Brother vir para ver se alguém vai se lembrar de quem é Juliette. Pode até ser que eu esteja enganada, mas aí você vai ter que mudar de atitude”, prevê.

Mais uma vez, a apresentadora cita uma suposta “máfia digital”. “Eu vou aqui, querida, te mostrar a realidade. A realidade é que você é irresponsável junto com essa máfia, com esse cartel que elege, que derruba. Tirou as atenções de um agressor para se voltar contra mim. Sabe por que, Juliette? Porque nesse momento você está no papel de heroína. Você sabe por quê? Porque o brasileiro é carente de heróis e heroínas. Só que de heroínas você não tem nada”, ataca.

‘Não vamos tolerar’

Nessa segunda-feira (12), Antônia Fontenelle, em comentário no Instagram, referiu-se ao DJ Ivis, paraibano, como ‘paraíba’, depois de serem divulgadas imagens do artista agredindo a ex-esposa. “Esses paraíbas fazem um pouquinho de sucesso e acham que pode tudo. Amanhã vou ‘contactar’ as autoridades do Ceará para entender porque esse cretino não foi preso”, escreveu a apresentadora.

Após o comentário e a enxurrada de críticas dos internautas, Fontenelle se justificou, argumentando que o uso da palavra era apenas uma “força de expressão”. Juliette, no entanto, discordou da alegação e se manifestou na rede social. “Não é força de expressão, é xenofobia. Não existe ‘ser Paraíba’ e ‘fazer paraibada’. Existe ser PARAIBANA/O, o que sou com muito orgulho. Tire seu preconceito do caminho, que vamos passar com a nossa cultura e não vamos tolerar atitudes machistas e xenofóbicas de lugar algum!”, escreveu no Twitter.

Logo após, a ex-BBB ainda publicou um vídeo no Instagram comentando sobre a polêmica. “Essa não é a primeira vez que eu escuto alguém usar o termo ‘paraíba’ de forma pejorativa. Paraíba é o estado da Paraíba. Nós somos paraibanas. Se você quiser usar um adjetivo ruim, use agressor, criminoso, procure qualquer outro”, disse.

“Isso não é brincadeira, isso não é leve, isso machucada e reproduz um discurso de ódio e xenofóbico. Chega. ‘Ah foi sem maldade’, pouco importa. Foi sem maldade, mas machuca”, declarou a campeã do Big Brother.

O que é xenofobia?

Segundo Felipe Silva, analista social do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR) de Belo Horizonte, xenofobia tem relação com a origem da pessoa atacada. “São aquelas ações de descriminação, preconceito, agressão, ou violência, seja verbal ou física, destinada a um grupo especifico, em razão da origem”, explica.

A atitude preconceituosa pode acontecer com qualquer migrante, sejam deslocados internos, ou seja, alguém que muda de locação dentro do próprio país; imigrantes, que vêm voluntariamente de outro lugar do mundo; ou refugiados, que se deslocam forçadamente devido a algum tipo de perseguição ou algum conflito armado em seu país de origem.

Edição: Vitor Fernandes

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