Angélica lamenta morte de fã de longa data e alerta sobre transfobia: ‘Violência diária’

angélica babalu
Apresentadora relembrou dados que ressaltam o problema da transfobia no Brasil (Reprodução/@babaluvendraminy/Instagram)

A apresentadora Angélica fez um desabafo após a morte da fã Babalu Vendraminy. Nesta terça-feira (25), a famosa usou o Instagram para falar sobre a transfobia no Brasil, que teria levado Babalu a tirar a própria vida.

Após postar uma série de fotos com a artista, Angélica publicou no stories um desabafo em vídeo. A apresentadora relembrou que o Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais do mundo. Por outro lado, é também o país que mais consome pornografia com transexuais, como relembrou Angélica.

“Existe uma cultura de opressão, sendo constantemente alimentada, gerando situações de preconceito, de violência à comunidade, diariamente. Por que que eu tô falando isso? Uma fã muita querida, infelizmente, vítima desses preconceitos e violências, tirou a própria vida. Depois de ter tirada de si a liberdade de ser quem ela é”, disse Angélica nos stories.

Crime

Vale reforçar que homofobia e transfobia são crimes previstos por lei. Eles entram na lei do racismo, já existente há 30 anos e, com isso, as punições são semelhantes. O STF (Supremo Tribunal Federal) criminalizou a homofobia em junho de 2019.

Veja o que é considerado crime:

  • “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito” em razão da orientação sexual da pessoa poderá ser considerado crime;
  • a pena será de um a três anos, além de multa;
  • se houver divulgação ampla de ato homofóbico em meios de comunicação, como publicação em rede social, a pena será de dois a cinco anos, além de multa;
  • a aplicação da pena de racismo valerá até o Congresso Nacional aprovar uma lei sobre o tema

Prevenção

Se você atravessa uma fase difícil, tomada por desânimo e, inclusive, esta notícia despertou sentimentos desagradáveis, procure ajuda. Uma das possibilidades é por meio de ligações para o CVV (Centro de Valorização da Vida), que auxilia na prevenção do suicídio, pelo telefone 188.

Por meio do número, pessoas que sofrem de ansiedade, depressão ou que correm risco de cometer suicídio conversam com voluntários da instituição e são aconselhados. A ligação é gratuita.

O serviço oferecido pelo CVV para todo o país começou a ser implantado em Santa Maria (RS), após o incêndio na boate Kiss, que matou 242 jovens em 2013. O centro existe há 55 anos e tem mais de 2 mil voluntários atuando na prevenção ao suicídio. A assistência também é prestada por e-mail ou chat, no site do CVV (acesse aqui).

Edição: Roberth Costa
Guilherme Gurgel[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Escreve com foco nas editorias de Cidades e Variedades no BHAZ.

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