Dalla Vecchia revela sexualidade e se declara ao marido no ‘Super Dança’

Carmo Dalla Vecchia
Carmo também lembrou de dados preocupantes de violência no país (Reprodução/@carmodallavecchia/Instagram)

O ator Carmo Dalla Vecchia falou, pela primeira vez, sobre sua sexualidade e seu relacionamento com João Emanuel Carneiro, autor de novelas como “Avenida Brasil” e “Segundo Sol”. A revelação aconteceu na noite desse domingo (11), durante participação no “Super Dança dos Famosos”. O programa está, desde o final de junho, sob o comando de Tiago Leifert, após a saída antecipada de Fausto Silva, o Faustão, da Globo.

Dalla Vecchia fez a homenagem ao marido e para o filho depois de se apresentar ao som de “We Are Family” (Nós Somos Família, em português), do grupo Sister Sledge. O significado da música levou o ator a mandar um recado para a própria família. “É uma música que fala basicamente sobre sororidade, sobre empatia, sobre família. E eu gostaria de fazer uma homenagem muito grande à minha família, mandar um beijo grande e declarar o meu amor ao meu filho, Pedro, e ao meu marido, João”, disse Dalla Vecchia no programa.

O ator explicou que a mensagem é importante “para que outras pessoas também possam ver isso e se sentir iguais”. “Eu sou um cara extremamente feliz, extremamente realizado, com uma profissão que eu amo, com amigos, com uma família que me aceita exatamente do jeito que eu sou. Só que a gente vive em um país em que não necessariamente é assim. Então, se meu exemplo pode servir para ajudar outras pessoas, para ter essa representatividade, eu fico muito feliz de ser essa pessoa”.

O país que mais mata trans e travestis

Dalla Vecchia também aproveitou o espaço para advertir sobre o alto número de pessoas trans e travestis mortas no Brasil. “E gostaria de falar também que temos um recorde no Brasil muito triste. Nós somos o país que mais mata trans do mundo, mulheres travestis e transexuais. É uma coisa muito triste e muito feia. Isso fala da nossa educação, ou da falta dela. Isso é algo em que as pessoas deveriam pensar de uma maneira muito séria”, alerta.

Um levantamento da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) mostra que, em números absolutos, o estado de São Paulo foi o que mais teve casos de assassinatos contra pessoas trans em 2020. Com 29 mortes, São Paulo teve alta de 38% em relação ao ano anterior. Já Minas Gerais ocupa a quarta posição no ranking dos estados mais violentos para pessoas transexuais e travestis. Em solo mineiro foram contabilizadas 17 mortes em 2020, um total de 12 assassinatos a mais do que em 2019.

Também foi identificado que existe um ciclo, ou um percurso automático, que leva tal população a viver da segregação familiar até o assassinato. Tais acontecimentos, que passam pelo ambiente familiar, escolar, social, laboral, político e institucional, são os principais fatores que levam pessoas trans e travestis à margninalização, e consequentemente, a morte.

Documentário ELA, produzido pelo BHAZ, ainda em 2017, reúne depoimentos e experiências de mulheres trans e travestis. Confira:

Edição: Vitor Fernandes

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