‘Quem não quer sou eu’: Funk MTG, de BH, estoura no Brasil

funk mtg
O Funk MTG “Quem Não Quer Sou Eu” está no topo da lista das 50 músicas mais ouvidas no Brasil pelo Spotify (Reprodução/@djtopooficial/Instagram + Spotify)

Você pode até não saber o que significa Funk MTG, mas é impossível já não ter escutado o gênero, que é popular em BH, por aí. Há uma semana, a música “Quem Não Quer Sou Eu”, originalmente do cantor Seu Jorge, está no topo da lista das músicas mais ouvidas no Brasil pelo Spotify na versão dos funkeiros Mc Leozin, da capital mineira, DJ TOPO e Mc G15.

Essa é apenas uma das “releituras” de músicas que já fizeram sucesso como MPB e que ganharam uma nova roupagem em funk. Também estão na lista das mais ouvidas os funks “Quero Te Encontrar”, de Dj JZ, Mc Mininin, Dj LG PROD e Silvanno Salles e “Não Vou Namorar”, dos djs WS da Igrejinha, João Pereira, Mc Dudu Sk, Mc Th da Serra e Dalãma.

Funk MTG é um subgênero bastante popular em BH que ganhou os streamings nos últimos anos e transformou a vida de artistas da periferia. “MTG” é a abreviação para “montagem”. As músicas desse gênero são montagens feitas por DJs com partes de músicas antigas ou recentes, que são misturadas e colocadas em beats específicos.

Segue um exemplo:

“A gente vai misturando pontos de voz junto com os instrumentais. Pode ser piano, um banjo, um violino… Se quisermos fazer montagem sobre ex, pegamos um conjunto de vozes falando de ex, entendeu?”, explica DJ João da Inestan ao BHAZ.

É um trabalho minucioso. “Se nós quisermos falar sobre traição, a gente vai pegar um tanto de vozes falando de traição. Vamos pesquisando e montando esse conjunto de vozes para falar só sobre uma coisa”, completa.

“A produção de BH é o famoso 130 BPM [batidas por minuto] raiz, é samplear muita coisa e, principalmente, juntar vários elementos, vozes de várias outras músicas numa só”, diz o empresário artístico, Thiago Monteiro, em explicação ao que é o funk MTG.

Conheça versões de funk MTG que estão na lista de mais ouvidos

Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!