A jornalista Leila Sterenberg, um dos nomes demitidos pela Globo nessa semana, usou as redes sociais para recordar pontos marcantes da carreira. Poliglota e com várias reportagens históricas, ela ironizou o fato de ter se tornado uma “profissional razoável” após 25 anos na emissora.
Sterenberg publicou um longo texto em seu perfil no Instagram. No relato, ela exibe uma foto de seu último Especial de Domingo, programa que comandava na GloboNews, e conta ter recebido inúmeras manifestações de carinho na despedida.
“O resto da minha vida começou ontem, quando passei o crachá pela derradeira vez na catraca da emissora, no Jardim Botânico”, começou. A jornalista agradeceu aos “(agora ex) chefes e colegas” por proporcionarem que ela fizesse tantas coisas nas últimas décadas, inclusive aprender alemão e russo.
“Valeu, galera. Acho que me tornei uma profissional razoável e fiz amigos maravilhosos, além de ter podido trabalhar com alguns do melhores jornalistas do nosso país. Muito orgulho. E vamos que vamos. Já estou inventando os próximos episódios dessa saga”, disse.
‘Competente em tudo que faz’
Nos comentários do post, colegas e admiradores teceram elogios a Leila Sterenberg. Nomes como Poliana Abritta, Giuliana Morrone, Ricardo Abreu, Ana Flor, Vera Magalhães e Mariana Gross chamaram atenção para a habilidade da jornalista com as linguagens e também a competência que ela mostrou durante as décadas.
“Leila, você é maravilhosa! Competente em tudo que faz, inteligentíssima, uma inspiração! Me incluo no time dos que te admiram e têm enorme carinho por você! Um lindo renascimento pra você”, escreveu Poliana. “Meu sonho era virar a chave em tantos idiomas, como você faz”, comentou Giuliana, que também sofreu o baque da demissão nos últimos dias.
Carreira na Globo
Leila entrou na Globo em 1998 como apresentadora e editora-chefe do “DFTV1”, em Brasília. Desse modo, desde 2000, ela atuava como apresentadora e repórter especial na GloboNews. Antes da demissão, comandava o Especial de Domingo.
Como âncora na GloboNews, a jornalista participou de coberturas históricas de grande repercussão, como o atentado ao World Trade Center, em Nova York, em 2001, e uma reportagem premiada sobre o genocídio de povos que habitavam a atual Namíbia.
Leila também se destacou em pautas internacionais, fazendo também tradução simultânea durante transmissões da GloboNews – incluindo os debates com candidatos à presidência dos Estados Unidos – com a experiência como poliglota.
