Médico come camarão, tem reação alérgica e iPhone não reconhece o rosto dele: ‘Não passo mais perto’

reação alérgica a camarão
Samuel Custódio explica que já teve coceira na garganta antes, mas nunca ficou inchado dessa forma (Reprodução/@sousacustodio/Instagram + Reprodução/@sousacustodio/Twitter)

Um médico de 27 anos surpreendeu seguidores ao mostrar como o rosto dele ficou após sofrer uma baita reação alérgica a camarão, na tarde dessa segunda-feira (24). Samuel Custódio sentiu na pele, literalmente, como é estar no lugar de um paciente.

O goiano, que vive em São Paulo a trabalho, comeu o fruto do mar em uma refeição com amigos e teve um “angioedema”, reação que causa inchaço no rosto. Quando tentou desbloquear seu iPhone usando o reconhecimento facial, não conseguiu.

Ao BHAZ, Samuel brinca que “não passa mais perto” de camarão tão cedo. Hoje (25), no dia de seu aniversário, ele explica que já está 90% melhor após o susto.

Almoço de aniversário

Em conversa com a reportagem, o médico explica que já teve reações mais leves ao camarão em outras ocasiões. Há cerca de oito anos, ele tem coceiras na garganta sempre que come o fruto do mar, coisa que não é um hábito.

“Nunca tive lesões na pele, somente uma coceira na garganta, mas por teimosia continuava comendo. Às vezes tinha, às vezes não, mas achava que era coisa da minha cabeça”, recorda Samuel.

Foi então que uma amiga quis presenteá-lo com um “almoço de pré-aniversário” na tarde de ontem. Ele ingeriu o fruto do mar e, cerca de uma hora e meia depois, começou a sentir as reações.

“Lá na casa dela, nós comemos bolo e tudo mais, não senti nada na hora. Aí eu estava estudando e notei que não conseguia enxergar direito. Fui ao banheiro e vi meu rosto muito inchado”, lembra.

Corticoide e antialérgico

Devido à experiência como médico, Samuel já está acostumado a ver pessoas na mesma situação. Em cinco minutos após a ida ao banheiro, ele começou a tossir e avaliou que era hora de buscar ajuda.

A tosse passou no caminho até a UPA Vergueiro, onde ele foi atendido, mas o inchaço demorou a cessar. “Na triagem, meus parâmetros vitais estavam ótimos, mas precisei tomar corticoide intramuscular e antialérgico intramuscular. Aí fiquei em observação para ver como ia evoluir”, explica ao BHAZ.

Samuel foi liberado para continuar o tratamento em casa e, agora, já se sente bem melhor. Ele brinca que os amigos ficaram desesperados com a situação, mas ele só pensava em ter uma unidade de saúde por perto caso a coisa ficasse feia.

Buscar ajuda assim que possível

“É muito comum, mas é bem diferente quando você vira o paciente”, se diverte. “Quando isso acontece, o paciente tem que correr de prontidão ao pronto-socorro, já que pode necessitar de um suporte intensivo mais avançado. Para quem é sabidamente alérgico, cuidado redobrado”.

Samuel explica que a alergia a camarão pode gerar manifestações cutâneas, como urticárias. Já no caso dele, ocorreu o inchaço facial.

“Agora, vou marcar uma consulta com um alergista para verificar a situação, já que as próximas [reações] são mais graves. O corpo cria uma defesa maior a cada exposição, e o quadro pode se tornar mais grave. Perto de camarão não passo mais!”, finaliza o médico.

Edição: Roberth Costa
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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