A cantora Solange Almeida revelou detalhes sobre seu vício em cigarro eletrônico e problemas com abstinência para o Domingo Espetacular do último dia 17. A primeira vez que Solange falou sobre o assunto foi para um podcast em março, mas agora a cantora deu detalhes da fase que viveu ao viciar-se em “vaper” (sigla em inglês para o cigarro eletrônico).
Solange conta que era uma ex-fumante e que há 15 anos largou o cigarro comum. Entretanto, ao conhecer o “vaper” e achá-lo menos nocivo a saúde, voltou a viciar-se em cigarro. “É um começo da nova Solange, depois desse uso indevido do cigarro eletrônico, que quase culminou na perda total da minha voz e do meu emocional por inteiro. Me tirou do chão, de verdade”, começou a cantora.
Com o uso no dia a dia, Solange sentiu os efeitos do cigarro em sua rotina. A cantora começou a ter crises de pânico e ansiedade, além de dificuldade para respirar. Os sintomas continuaram durante o período de abstinência. “Sem conseguir deglutir, sem conseguir dormir, sentindo uma falta de ar absurda por causa do uso e depois em decorrência da falta do uso, da abstinência do cigarro”, conta.
A situação chegou a um nível crítico que a cantora considerou abandonar a carreira. “Perdi toda vontade do mundo de cantar, já tinha determinado que nunca mais ia cantar. […] Qualquer motivo era motivo de eu ter uma crise de ansiedade e correr ao hospital”, disse.
“Eu esperava meu marido dormir para fazer uso do cigarro. Eu acordava cedo e ia para padaria e já tinha um cigarro no meu carro. A coisa já estava fugindo completamente do meu controle”, relatou. Solange largou o vício após um ano de uso quando sua filha alertou sobre os riscos que o “vaper” trazia para a saúde. Hoje, a cantora fala no assunto com o objetivo de conscientizar outras pessoas a não acharem que, por ser colorido e vaporizado, o cigarro eletrônico não possui nenhum risco à saúde.
‘Problema sério do pulmão’
O cantor Zé Neto, da dupla com Cristiano, também teve problemas com o cigarro eletrônico no fim do ano passado. Ele passou por um tratamento após a condição de “vidro fosco” ser constatada no pulmão do artista. O sertanejo afirmou que o problema pode ter sido causado pelo uso do “vaper”, o cigarro eletrônico, e fez um alerta.
“Tá tudo bem, realmente passei por um problema sério do pulmão, devido a cigarro desses ‘vaper’, inclusive dou o alerta para quem mexe com essa bosta, para com isso, porque é um cigarro como qualquer outro e faz mal do mesmo jeito ou até mais”, disse Zé Neto.
Por meio de nota enviada na época, a assessoria de imprensa do artista informou que ele estava “com foco de vidro no pulmão não é nada grave, mas causa um pouco de falta de ar para cantar”. Segundo o comunicado, o problema também poderia ser resquício da Covid-19, já que Zé Neto testou positivo para a doença em junho de 2020.
Risco a saúde
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) começou no dia 11 deste mês a etapa de participação social no processo que analisa o consumo de cigarros eletrônicos. Nesta fase, a Anvisa vai receber evidências técnicas e científicas sobre esses produtos, também conhecidos como DEF (Dispositivos Eletrônicos para Fumar).
A agência tem como objetivo reunir informações a favor e contra o uso do cigarro com fundamentação científica, fornecidas por pesquisadores e instituições, para embasar decisões futuras envolvendo a comercialização e o uso desses produtos.
Pouco depois da abertura do processo pela Anvisa, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), já se posicionou veementemente contra a liberação dos cigarros eletrônicos. Para a entidade, eles são uma ameaça à saúde pública.
Com Agência Brasil