O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a xingar o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso. Em vídeo compartilhado nas redes sociais, Bolsonaro aparece chamando o ministro de “filho da p*ta”, enquanto conversava com apoiadores em Joinville, Santa Catarina. Esse foi mais um dos recentes ataques do presidente à corte suprema.
Além de xingar o ministro do Supremo, o presidente afirmou que Barroso defende “terrorista” e quer que crianças de 12 anos tenham relações sexuais, como aponta reportagem da Folha de São Paulo.
“Não ofendi nenhum ministro do Supremo, apenas falei da ficha do senhor Barroso, defensor do terrorista [Cesare] Batisti, favorável ao aborto, da liberação das drogas, da redução da idade para estupro de vulnerável, ele quer que nossas filhas e netas com 12 anos tenham relações sexuais sem problema nenhum. Este mesmo ministro votou pelo direito das amantes”, disse.
Bolsonaro viajou para Joinville e discursou durante almoço com empresários. Em imagens feitas no local, é possível ver poucas pessoas usando máscara de proteção contra a Covid-19. Entre os participantes do evento estavam o pastor Silas Malafaia, o empresário Luciano Hang e a vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr (sem partido).
Outros ataques ao Supremo
Em outro momento, o presidente Jair Bolsonaro chegou a ameaçar também o ministro do Supremo Alexandre de Moraes. Em entrevista à rádio 98 FM, do Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que “a hora dele [Moraes] vai chegar”. As ameaças do presidente foram feitas em meio a mais uma cobrança por voto impresso, projeto que foi derrotado na Câmara por 23 a 11.
“A hora dele [Moraes] vai chegar. Porque está jogando fora das quatro linhas da Constituição há muito tempo. Não pretendo sair das quatro linhas para questionar essas autoridades, mas acredito que o momento está chegando”, disse o presidente. “Não dá para continuarmos com ministro arbitrário, ditatorial”, disse Bolsonaro.
Bolsonaro também fez novos ataques os membros do G7, núcleo majoritário da CPI da Covid no Senado, que investiga a condução da crise sanitária pelo governo. O presidente disse que o grupo não quer descobrir desvios de recursos na pandemia, mas “atacar o governo”.
