Família faz vaquinha para pagar tratamento de câncer de adolescente

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Camila descobriu a doença no começo do ano (Reprodução/Redes sociais)

Uma corrente do bem se formou para ajudar a adolescente Camila Ribeiro Silva, de 16 anos, que mora em Divinópolis, na região Centro-Oeste de Minas. Em janeiro deste ano, a garota foi diagnosticada com câncer cerebral e desde então trava uma luta pela vida. A doença não tem cura e a medicina tradicional já realizou tudo que era possível. Uma vaquinha foi criada para ajudar no tratamento.

O BHAZ entrevistou a mãe da adolescente, Viviane Ribeiro, que contou sobre a descoberta da enfermidade. “A Camila teve crises de convulsões em dezembro, algo que nunca apresentou. Fez uma tomografia e foi constatado um inchaço no cérebro e depois uma mancha localizada na região”.

Os médicos orientaram a repetição do exame após um mês, mas, antes disso, a adolescente teve outra crise convulsiva e o pior foi descoberto. “A ressonância mostrou que foi verificado um tumor maligno. Camila fez cirurgia, biópsia e foi constatado que o tumor cerebral era agressivo e de grau IV”, conta.

A adolescente precisou ser submetida a uma nova cirurgia para a retirada de parte do tumor. “Isso foi realizado para que ela conseguisse sobreviver às sessões de quimioterapia e radioterapia”. Depois disso, mais um procedimento cirúrgico foi realizado.

Terapias alternativas

Camila já fez tudo que a medicina tradicional disponibiliza para o tratamento da doença. Agora, a família busca nas terapias alternativas a cura. “A medicina tradicional não tem mais o que oferecer. Tudo já foi feito. Estas terapias que procuramos não tem comprovação científica, mas há relatos e estamos correndo atrás”.

A vaquinha virtual tem o objetivo de custear esse tratamento, pois não é coberto pelo plano de saúde e SUS (Sistema Único de Saúde). “As terapias alternativas são para manter o tumor sob controle, pois ele ainda pode progredir a qualquer momento”.

A família crê numa vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan para a cura de Camila e de outros pacientes com a doença no estado avançado. “Este câncer não tem cura atualmente e a vacina é a nossa esperança”.

O tratamento e as três cirurgias realizadas fizeram a adolescente perder os movimentos do lado esquerdo. Viviane e o filho Júlio César Ribeiro, de 19, se dedicam ao cuidado da adolescente. A mãe conta que a descoberta do diagnóstico foi “a pior notícia” que já recebeu, mas com a fé encontram forças.

“No começo vieram muitos questionamentos do porque estarmos passando por isso. Camila me perguntava: ‘Eu nunca fiz mal para ninguém. Por que isso está acontecendo comigo?’. Demoramos para aceitar, mas a nossa fé nos faz sentir em paz”.

A mãe deixa uma mensagem para aqueles que puderem ajudar. “Como disse, este tumor ainda não tem cura e estamos lutando por isso, seja com as terapias alternativas e a vacina. Precisamos da ajuda financeira, pois, eu e meu filho não estamos trabalhando, pois ela depende de nós. A ajuda é muito importante neste sentido, mas também peço orações para que Deus coloque a cura sobre ela”, finaliza.

Edição: Vitor Fernandes
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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