Backer contesta laudo que aponta presença de dietilenoglicol e não descarta sabotagem

Reprodução/Instagram Backer + Divulgação/Cervejaria Backer

Representantes da Cervejaria Backer contestaram o laudo da Polícia Civil que aponta a presença de dietilenoglicol em amostras da cerveja Belorizontina. Segundo a cervejaria, o produto não faz parte da linha de produção da bebida. “São vários agentes refrigerantes. Esse em questão que foi identificado, a gente não tem na fábrica e não utiliza. A gente usa o monoetilenoglicol”, garantiu Sandro Duarte, mestre-cervejeiro da Backer, em coletiva de imprensa nessa sexta (10).

A empresa afirmou ainda que não recebeu nenhum comunicado oficial de interdição da fábrica. O Ministério da Agricultura havia divulgado nota, nessa sexta-feira (10), informando o fechamento da fábrica.

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A diretora de marketing da Backer, Paula Lebbos, disse que fábrica não funcionaria neste sábado (11) por decisão da empresa, para viabilizar análises. “Convocamos parceiros, que são fornecedores de maquinários, equipamentos. Vamos encerrar e fechar nosso dia de amanhã, que seria um dia normal de produção, para fazer testes”, afirma Lebbos.

Paula ressalta que as cervejas recolhidas em BH foram distribuídas para outras regiões. “A quantidade de cervejas que foram produzidas nesse lote foram, em média, 33 mil garrafas de cerveja, que foram distribuídos para BH, Grande BH, Brasília, Espírito Santo, São Paulo, Tiradentes, Ouro Preto, Centro Oeste de Minas”.

A diretora de marketing também não descartou a hipótese de sabotagem da cervejaria, que tem a Belorizontina como um de seus principais rótulos. “Nesse momento, não acredito em nada e acredito em tudo”, concluiu.

Investigação

O caso da cerveja Belorizontina preocupa consumidores desde que a Polícia Civil divulgou, na última quinta-feira (9), um laudo preliminar apontando que foi encontrado dietilenoglicol, substância altamente tóxica, nos lotes L11348 e L21348 da bebida.

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Foi criada uma força-tarefa, formada pela Polícia Civil, SES-MG (Secretaria de Saúde de Minas Gerais) e Ministério da Agricultura, para investigar os casos de pessoas hospitalizadas depois de ingerir a cerveja Belorizontina. Sabe-se, até o momento, de 10 casos. Exames apontaram a presença de dietilenoglicol em amostras de sangue de três pessoas.

As autoridades afirmam que ainda não é possível atribuir culpa à Backer, já que não há detalhes, até o momento, da forma e local em que a cerveja foi contaminada.

Moisés Teodoro[email protected]

Analista de mídias digitais, fotógrafo e produtor audiovisual no BHAZ. Formado em Publicidade e Propaganda no Centro Universitário UNA. No portal desde abril de 2019, também já atuou como analista de conteúdo patrocinado e repórter. Esteve em grandes coberturas como o carnaval de BH e eleições municipais. Participou de reportagens vencedoras do prêmio CDL/BH de Jornalismo em 2021 (primeiro lugar na categoria internet) e em 2019 (segundo lugar na categoria internet).

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