Desempregada, mulher não consegue auxílio emergencial e descobre ser ‘Presidente da República’

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Mulher está desempregada desde o ano passado (Reprodução/A Gazeta)

Assim como vários outros brasileiros, uma mulher do Espírito Santo se cadastrou para receber o auxílio emergencial do Governo Federal, mas no caso dela, o que surpreendeu foi o resultado. Um aviso no aplicativo da Caixa Econômica Federal informava que Adeyula Rodrigues, de 35 anos, não poderia receber o auxílio por ter dois empregos em aberto, um deles bastante inusitado: o de Presidente da República.

Ao jornal A Gazeta, Adeyula contou que está desempregada há cerca de um ano, mas a Carteira de Trabalho Digital continua registrando dois vínculos: o de presidente da República, registrado pela Sedu (Secretaria de Estado de Educação), e outro de auxiliar de secretaria, pela Prefeitura de Vila Velha.

A mulher chegou a trabalhar para a Sedu, como cuidadora infantil, mas teve seu contrato encerrado em agosto do ano passado. Já o emprego de auxiliar de secretaria na administração de Vila Velha é ainda mais antigo. Apesar de os dois contratos terem se encerrado, a (Relação Anual de Informações Sociais), que é uma das bases de dados utilizadas na análise do governo, dá conta de que ela continua trabalhando como servidora municipal.

‘Empurra-empurra’

O problema que Adeyula enfrenta para conseguir receber o auxílio e o mesmo de diversos outros brasileiros, apesar de a justificativa dela ser a mais estranha. Por causa de um erro na base de dados adotada pelo Governo Federal, muitas pessoas que estão sem renda e sem assistência durante a pandemia não conseguem receber o valor do auxílio.

À Gazeta, Adeyula contou que já tentou entrar em contato com a prefeitura da cidade e com a Sedu para resolver a situação, mas sem sucesso. “Ninguém dá um direcionamento do que devo fazer. Eu ligo para o 111 e eles alegam que não tenho direito ao auxílio emergencial. Você procura vários meios de conseguir uma informação, mas eles ficam em um jogo de empurra-empurra”, disse.

A Prefeitura de Vila Velha informou que as movimentações de desligamento dos servidores que se afastaram do cargo em 2019 foram feitas no dia 14 de abril deste ano. Já a Sedu informou que a opção ‘presidente da República’ não consta no sistema de contratação da secretaria e que o cadastro não foi feito pelo órgão.

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