Regina Duarte minimiza mortes e canta música da Ditadura ao vivo: ‘Não era gostoso cantar isso?’

Entrevista de Regina Duarte na CNN Brasil dá o que falar na web (Reprodução/CNNBrasil)

A secretária especial de Cultura do governo Bolsonaro, Regina Duarte concedeu uma entrevista para a CNN Brasil, nesta quinta-feira (7), que já tem dado o que falar nas redes sociais. Além de cantar uma música da Ditadura Militar (1964-1985), ao vivo, a atriz ainda minimizou as mortes e torturas registradas no período em que os militares mandavam no país.

“Na humanidade, não para de morrer [gente]. Por que as pessoas inda ficam ó [chocadas]? Não quero arrastar um cemitério de mortos nas costas”, disse a ex-global em um trecho da conversa com o jornalista Daniel Adjuto.

Regina afirmou ainda que não deixará o governo, apesar do momento de crise que vive com o presidente Bolsonaro (sem partido) nas últimas semanas. Em outro momento, começou a cantar “Pra Frente Brasil”, música da época da ditadura militar. “Não era gostoso cantar isso?”, perguntou.

Visivelmente constrangido, o entrevistador argumentou que, na ditadura, muitas pessoas foram torturadas, sofreram censura e até morreram. “Se você falar vida, do lado tem a morte. Sempre houve tortura, censura. Sou leve, estou viva. Estamos vivos, vamos ficar vivos? Não vive quem fica arrastando cordéis de caixões”, respondeu a secretária.

O âncora Reinaldo Gottino, que acompanhava a conversa do estúdio, também entrou no assunto. “Acho que a gente não pode minimizar a questão da ditadura, isso tem que ficar claro”, interferiu ele.

Bolsonaro

Sobre a relação com o presidente Bolsonaro e o governo, Regina negou os boatos de que deixaria o cargo na Cultura. “Parece que as pessoas têm uma ansiedade em me ver fora. Em nenhum momento [senti que ia sair], estava um clima superbom, ele estava animado, leve, rindo. A gente brinca, ele brinca mesmo. E ele estava num desses momentos leves, descontraídos, foi muito bom”, disse.

A atriz ainda comentou que Bolsonaro sugeriu que ela ficasse longe das redes sociais para evitar ler críticas. “Eu evito me contaminar com as redes sociais. O presidente me avisou. Ele disse: ‘Tem certeza que você quer aceitar isso que eu estou te propondo? O jogo é muito pesado, você vai virar vidraça, vai levar muita pedrada’. Mas eu tenho minha consciência limpa. Se eu ficar longe, essas pedradas não vão me atingir. Eu tenho uma história, estou tranquila”, minimizou.

Confira parte da repercussão da entrevista:

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