A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou, nesta sexta-feira (7), o autor do vídeo que fala sobre um suposto desabastecimento na CeasaMinas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais) durante a pandemia do Covid-19. A gravação foi compartilhada nas redes sociais por diversas pessoas e até mesmo pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). À época, ele se desculpou por postar o vídeo com informações falsas.
Edson Venâncio foi enquadrado na Lei de Contravenções Penais por “provocar alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente ou capaz de praticar ato capaz de produzir pânico ou tumulto”. Ele pode ser multado e prestar serviços à comunidade. A decisão será dada pelo Juizado Especial Criminal de Contagem, que está com o caso.
Procurado, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais não se pronunciou até o fechamento desta matéria. O BHAZ não conseguiu contato com Edson Venâncio.
Relembre o caso
No dia 31 de março, Edson Venâncio gravou e compartilhou no Facebook um vídeo denunciando uma suposta falta de alimentos na Ceasaminas, que teria sido causada pelas medidas de isolamento para impedir o avanço do novo coronavírus.
Após a repercussão negativa das informações falsas, a polícia investigou o vídeo, encontrou o autor e concluiu que as imagens foram feitas de forma a induzir que o espaço da Ceasa conhecido como Pedra estava desabastecido, o que não era o caso. As câmeras de segurança da central mostraram que o abastecimento estava normal.
À época, os delegados responsáveis pela investigação ressaltaram que compartilhar notícias falsas é crime e alertaram a população: “Indicamos que, antes de divulgar vídeos recebidos, as pessoas verifiquem. Quem sabe que a notícia é falsa, mas mesmo assim compartilha também pode responder criminalmente”.