Por que Queiroz depositou R$ 89 mil na conta de Michelle Bolsonaro? Essa foi a pergunta que repercutiu nas redes sociais após a notícia das transferências financeiras ter sido revelada pela imprensa. No entanto, a primeira-dama parece não ter gostado nada da campanha na web. Uma reportagem da Veja mostrou que Michelle resolveu partir para o ataque contra os detratores.
Um dos alvos da esposa de Jair Bolsonaro é a banda Detonautas, que surfou na onda das redes sociais e lançou a música “Micheque”. A canção é uma referência ao apelido recebido por Michelle, já que os R$ 89 mil foram depositados por meio de 21 cheques. “Hey, Michelle, conta aqui para nós / A grana que entrou na sua conta é do Queiroz? / Hey, capitão, como isso aconteceu?”, diz a letra da música.
O vídeo da canção que incomodou a primeira-dama já tem mais de 700 mil visualizações no Youtube. Após a divulgação da intenção de Michelle de recorrer à Justiça, nessa sexta-feira (25), tanto a banda, quanto a música ficaram entre os assuntos mais comentados do Twitter.
Segundo a Veja, os assessores da primeira-dama veem crime de injúria e difamação. Uma outra reportagem, da CNN Brasil, mostrou que a polícia já abriu inquérito para investigar crimes de honra contra Michelle Bolsonaro. A primeira-dama compareceu à 4ª Delegacia de Investigações Gerais sobre Crimes Eletrônicos, no Deic, em São Paulo, nessa quinta-feira (24).
Repercussão
A tomada de medidas legais contra a suposta difamação acabou indo na contramão do que Michelle Bolsonaro pretendia. Enquanto não é oficialmente censurada, a música foi ainda mais compartilhada e a pergunta sobre os R$ 89 mil depositados voltou a viralizar.
O vídeo da canção foi compartilhado por celebridades, políticos e artistas, como a cartunista Laerte Coutinho, o jornalista Fábio Pannunzio e o político Ciro Gomes. “Todo mundo já ouviu a música ‘Micheque’, do Detonautas?”, escreveu o ex-candidato à presidência.
Tico Santa Cruz se posiciona
O vocalista da banda responsável pela música sátira, Tico Santa Cruz, comentou pelo Twitter a possibilidade de censura. “Não se pode mais cantar uma música que faz um questionamento?”, escreveu.
“Seguiremos fazendo músicas e representando o desejo legítimo de manifestação da liberdade de expressão. Deixo claro, nunca será através de injúria, calúnia ou difamação!”, acrescentou.
