Kalil adia aulas presenciais e não descarta novo fechamento em BH

prefeito alexandre kalil usando máscara de proteção na pbh
A reunião com o Comitê ocorreu no fim da tarde de hoje (3) na sede da PBH (Moisés Teodoro/BHAZ)

A PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) definiu, nesta quarta-feira (3), que as aulas presenciais da rede municipal serão adiadas. A retomada – que estava programada para o início de março – agora está prevista para o próximo dia 15. A decisão foi tomada após uma reunião com o Comitê de Enfrentamento à Covid-19, que ainda não descarta a possibilidade de um novo fechamento total da capital.

Ao BHAZ, o infectologista Unaí Tupinambás, membro do comitê, conta que foi difícil chegar a um consenso. As equipes de Saúde ainda precisam monitorar os dados da doença e verificar se o número de infectados vai avançar. “Vamos avaliar os dados de amanhã (4) e de sexta-feira (5) para ver se vamos manter a flexibilização, ou se vamos retroceder”, explica.

Foi avaliado que a situação da capital mineira ainda é “complicada”. Unaí reforçou que o retorno à fase zero também é uma possibilidade, já que os dados da Covid podem variar muito. “Não está fácil tomar essa decisão, tem sido difícil. Mas se precisar, como o prefeito falou, fecha a cidade, se os números apontarem para decisões assim.”

Durante o resto desta semana a equipe do Comitê e a PBH farão mais uma reunião para avaliar os números da Covid-19 em BH. “A ação pode mudar de um dia para o outro”, reforça o infectologista.

Minas em toque de recolher

Também nesta quarta, o governador Romeu Zema (Novo) anunciou a criação da onda roxa, na qual municípios de regiões de Minas Gerais em situação crítica serão obrigados a enfrentar restrições de circulação e toque de recolher. Duas regionais passam a encarar esse tipo de regime já a partir de amanhã – e outras três correm o risco se os indicadores da Covid-19 não melhorarem.

As duas regionais que estão na onda roxa são Noroeste e Triângulo Norte – ao todo, 60 cidades terão de adotar as medidas extremas. “No Triângulo Norte, foi registrado aumento de casos, ocupação de UTI e mortalidade – além de retardo na capacidade de oferta de leitos. Já na Noroeste teve um aumento significativo de incidência de casos, proporção de leitos Covid para leitos totais, aumento de mortalidade e aumento da demanda de regulação de casos”, explicou o secretária estadual de Saúde, Carlos Eduardo Amaral.

‘É necessidade’

Todas as cidades das regionais serão obrigadas a adotar as medidas (veja mais abaixo), independentemente se, porventura, uma ou outra apresentar números mais amenos. “Nos casos de Uberlândia e Patos de Minas, cidades-pólo das regiões, os prefeitos tomaram medidas restritivas, mas não é o suficiente se as cidades do entorno continuam produzindo e enviando pacientes para lá”, afirmou Zema.

Inicialmente, a onda roxa terá a duração de 15 dias. “Espero que seja suficiente, mas estaremos revendo o que for necessário. Se daqui a dois, três dias for necessário que outra região migre para a onda, vamos ter que fazer. É necessidade, não é opção, não há outro caminho a não ser este”, completou o governador. (Confira aqui a lista de cidades que passarão pelas restrições).

Edição: Giovanna Fávero
Jordânia Andrade[email protected]

Repórter do BHAZ desde outubro de 2020. Jornalista formada no UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) com passagens pelos veículos Sou BH, Alvorada FM e rádio Itatiaia. Atua em projetos com foco em política, diversidade e jornalismo comunitário.

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