Kalil lamenta derrota e sinaliza que vai seguir na política: ‘Não vou jogar fora [cacife político]’

Kalil
Kalil disse que fez uma campanha ‘tentando tocar o coração do povo’ (Jonas Rocha/BHAZ)

Na noite deste domingo (2), Alexandre Kalil, ex-prefeito de Belo Horizonte, falou sobre a derrota em primeiro turno nas eleições para o Governo de Minas. Ele sinalizou que vai seguir na política, mas antes pretende “dar uma descansada”. Ainda afirmou que está triste com o resultado, mas que a quantidade de votos recebida o consola.

O atual governador Romeu Zema (Novo) foi reeleito neste domingo (2). Com 98,05% das urnas do estado apuradas, o mandatário contava com 56,29% dos votos, 5.995.343 no total. No mesmo estágio, Kalil estava em segundo lugar, com 34,94% dos votos, totalizando 3.721.535.

“Nós temos, hoje, um compromisso. Já recebi telefonemas do comando da campanha do presidente Lula (PT). Houve, obviamente, uma grande surpresa em Minas Gerais. Posso dizer que estou com a cabeça erguida, eu não sentei com prefeito, não levei prefeito para cantinho…”, afirmou o ex-prefeito, no prédio onde mora em Belo Horizonte.

Kalil disse que fez uma campanha “tentando tocar o coração do povo”, alcançando cerca de 35% da população de Minas Gerais.

“Estou triste, mas a quantidade de votos me consola muito. O desempenho eleitoral me consola muito, o jeito que eu fiz a campanha, sem reunir com político, sem pedir nada, sem pagar, conversar com deputado… Tenho os poucos deputados que me carregaram, sou grato, mas estou muito feliz”, completou.

Descanso e vida na política

Apesar da derrota, Kalil ainda disse que tem que ser respeitado como um político em Minas Gerais. Ele também foi questionado sobre a possibilidade de assumir um cargo no governo federal caso o ex-presidente Lula (PT) vença no 2º turno.

“O presidente Lula não tem o menor compromisso comigo. Ele teve uma vantagem, temos que ampliar, avançar. É claro, vou descansar uns dois, três dias, mas repito: o presidente Lula não tem o menor compromisso comigo, nunca conversamos sobre isso, e este é um assunto que me ofende profundamente”, respondeu.

O ex-prefeito afirmou que não está “atrás de cargo”, e sinalizou que deve seguir na política. “Fui para uma uma aventura sensacional, gostei, enfrentei forças que todos sabem. Tivemos um bom embate dos dois lados. Eu tenho um cacife político hoje neste estado, uma liderança neste estado, que não vou jogar fora. Vou botar na poupança e esperar o que vai acontecer”, concluiu.

Agora, ele planeja “passear de motocicleta”, já que “não tem paz” desde 2009, quando assumiu a presidência do Atlético. “Agora vou dar uma descansada, vou ter muita calma para pensar”, finalizou.

Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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