Em sabatina ao BHAZ, nesta quarta-feira (21), o candidato ao Governo de Minas Marcus Pestana (PSDB) falou sobre o apoio do partido, a nível nacional, à candidatura de Simone Tebet (MDB) para a Presidência da República. Ele apontou o apoio como uma terceira via contra o que chamou de “polarização radical”.
Pestana foi questionado sobre as conjunturas que levaram o PSDB a apoiar Tebet nacionalmente, enquanto que em Minas o partido decidiu por trocar apoio com Ciro Gomes, presidenciável do PDT – o que foi alvo de críticas por parte de integrantes da legenda. Segundo Pestana, existem divergências entre o PSDB e o PDT, mas também similaridades. Para o candidato, a escolha por Tebet teve como objetivo fugir do embate Lula x Bolsonaro.
Polarização radical
“Nós apoiamos a terceira via, achamos que era importante para o país, e nós, ao que tudo indica, não vamos vivenciar isso: uma alternativa do centro democrático, que ofereça outra saída que não a polarização radical”, disse. “Polarização sempre existiu, a polarização PT x PSDB na nova república foi forte, o que não impediu Fernando Henrique Cardoso de fazer uma transição civilizada para o Lula”, continuou.
“Existem polarizações e polarizações. O problema é que essa polarização está rompendo amizades”, disse ele citando um exemplo de almoço interrompido por conta da incapacidade de bolsonaristas e lulistas conviverem bem. “Então, a gente achava que merecia uma terceira via, nós precisávamos baixar a poeira, ter calma, tranquilidade, não podia ter uma crise por semana”, defende.
Autocrítica
Marcus Pestana também aproveitou para fazer uma autocrítica. Segundo ele, o processo de articulação “foi mal conduzido”. “Eu faço uma autocrítica, nós fomos abandonando candidaturas potenciais. Primeiro Luciano Huck, Mandetta, Eduardo Leite e o Dória. Aí restaram Simone e Ciro, e eu gostaria de vê-los unidos”, disse.
“O PSDB e o PDT são partidos social-democrata, vieram da mesma raiz, é uma alternativa à visão do estado máximo comunista e do estado liberal, então uma coisa que conjugue economia de mercado, liberdade política e ao mesmo tempo uma ação eficaz e forte de um estado enxuto e moderno para combater as desigualdades, as perversidades, ainda mais num país como o Brasil com 33 milhões de pessoas passando fome em pleno século XXI , com 50% da população sem coleta e tratamento de esgoto. Então, a preocupação do PDT e do PSDB é comum”, disse.